O governo e as Farc (comunistas), que tem 8.000 combatentes, segundo cifras oficiais Foto: reprodução
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O governo e as Farc (comunistas), que tem 8.000 combatentes, segundo cifras oficiais e mais de 50 anos de luta armada, celebram negociações de paz em Cuba desde novembro de 2012.
"Se caminhassem seria muito bonito e acho que se deve mandar a eles uma espécie de telegrama de última hora [para convidá-los]. Uma camiseta para as Farc", disse o ex-prefeito em coletiva de imprensa, referindo-se à camiseta que usará como símbolo da marcha em prol da vida e contra a violência.
Dias atrás, Uribe já declinou o convite de Mockus, questionando contratos do ex-prefeito com o governo de Santos para promover a mobilização cidadã em apoio ao processo de paz.
Mockus, que governou Bogotá de 1995 a 1997 e de 2001 a 2003, assegurou que estes contratos não incluem a "marcha pela vida", uma iniciativa independente para combater a violência e recordar que "a vida é sagrada".
"É curioso porque, de algum modo, a gente tem que começar [a fazer convites para a marcha] pelos que têm mais dificuldade. O da Farc é difícil. O de Uribe também é difícil", afirmou nesta quarta-feira o político, filósofo e ex-professor universitário, que disputou com Santos a Presidência em 2010 como candidato do Partido Verde.
A Colômbia vive há mais de meio século um conflito armado que confronta guerrilhas de esquerda, paramilitares de direita, agentes do Estado e bandos de narcotraficantes, que deixou oficialmente 220.000 mortos e 5,3 milhões de deslocados pela violência.
Segundo informe da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em dezembro passado, a taxa de homicídios da Colômbia em 2012 foi de 43,9 por 100.000 habitantes, superada na região pela Venezuela (57,6) e Honduras (103,9).