'Estamos aqui hoje, porque estamos unidos contra o aumento do extremismo violento e contra o terrorismo', disse Obama na cúpula Foto: Reprodução
- ONU aprova resolução para bloquear financiamento de grupos jihadistas
- EUA vão fornecer tecnologia de comunição contra jihadistas na África
O presidente apresentou algumas prioridades para neutralizar as "ideologias distorcidas" de grupos como o EI. Entre elas, Obama afirmou que os governos devem aprofundar a cooperação contra combatentes estrangeiros, procurar acabar com tensões e conflitos sectários, e acabar com o financiamento a grupos fomentadores do ódio. Problemas econômicos e políticos também devem ser atacados, completou, para permitir o crescimento e o desenvolvimento.
Em uma declaração divulgada ao final do encontro, os participantes prometeram "traçar o caminho para o progresso". A intenção é apresentar propostas para serem discutidas nas reuniões que acontecem em paralelo à Assembleia-Geral da ONU, em setembro. Condenando a recente onda de ataques, a declaração "ressaltou" o compromisso de lutar contra grupos extremistas e destacou a necessidade de apoiar líderes religiosos e comunitários locais.
"Vamos deixar [o encontro] com um compromisso renovado de construir um mundo livre de terrorismo e de ideologias de violência", conclamou a conselheira de Segurança Nacional dos EUA, Susan Rice, no encerramento da cúpula. "Conter o extremismo violento é um desafio difícil, mas não é intransponível", insistiu. O presidente Obama advertiu que essa luta "não é uma questão de ser judeu, cristão, ou muçulmano: todos estamos no mesmo barco e devemos nos ajudar uns aos outros para sair dessa crise".
No encontro, Obama defendeu ainda que "a noção de que o Ocidente está em guerra contra o Islã é uma mentira horrível, e todos nós, sem importar nossa fé, temos a responsabilidade de repudiá-la". O presidente americano e outros membros de seu governo se cercaram de cuidados para falar de "radicalismo islâmico". Essa precaução no vocabulário foi reprovada por seus opositores do Partido Republicano.
O senador republicano John McCain, considerado um "falcão" em política externa, postou um tuíte logo depois das palavras de Obama: "a noção de que o Islã radical não está em guerra com o Ocidente é uma mentira feia". O presidente da Comissão de Segurança Interna da Câmara de Representantes, o republicano Michael McCaul, tachou o evento de "cúpula sem substância".
"Em vez de um plano concreto para repelir e derrotar grupos terroristas islâmicos, tivemos uma retórica vazia do presidente e o anúncio de 'novas' iniciativas que são, na verdade, uma reformulação de antigos programas", alfinetou McCaul.