Abubakar Shekau, o líder do Boko Haram, apareceu em um vídeo no qual ameaça impedir as próximas eleições nigerianas Foto: Boko Haram/AFP
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Segundo Linder, comandantes militares do oeste africano reclamam há muito tempo que as operações transfronteiriças contra os grupos islâmicos, da Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) no Mali ao Boko Haram na Nigéria, foram obstruídas por falta de equipamentos de comunicação compatíveis, o que tornou difícil a troca de informações e a coordenação das ações contra os jihadistas.
O general disse que, como parte dos exercícios anuais antiterroristas patrocinados pelos EUA neste ano no Chade, seu país vai introduzir uma tecnologia que permitirá que os parceiros africanos se comuniquem por meio de celulares, rádios e computadores.
O sistema "Rios" permitirá que soldados no campo transmitam imediatamente fotos de um local remoto no Sahel para uma sala de comando central. Os soldados poderão enviar também as coordenadas precisas quando necessário. O Boko Haram matou cerca de 10 mil pessoas no ano passado em sua campanha para montar um emirado islâmico do norte da Nigéria.
Nessa terça (17), o líder do grupo, Abubakar Shekau, apareceu em um vídeo monitorado pelo Site - grupo de inteligência sediado nos EUA que monitora pela internet as ações de facções terroristas islâmicas - ameaçando impedir as próximas eleições nigerianas, marcadas para março, e condenando governos regionais que não seguem a Sharia, a lei islâmica.