Ucrânia

Obama promete aumentar pressão sobre a Rússia após tragédia em Mariupol

MARÍLIA BANHOLZER
MARÍLIA BANHOLZER
Publicado em 25/01/2015 às 12:37
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"Eu irei analisar todas as opções disponíveis, excluindo o confronto militar", disse Obama / Foto: AFP

"Eu irei analisar todas as opções disponíveis, excluindo o confronto militar", disse Obama Foto: AFP

O presidente americano, Barack Obama, declarou neste domingo (25) sua intenção de aumentar a pressão sobre a Rússia, após a morte de trinta civis durante os bombardeios atribuídos aos rebeldes separatistas contra o porto estratégico de Mariupol.

Os bombardeios com lançadores múltiplos de foguetes Grad contra um bairro habitado e a ofensiva anunciada pelos rebeldes contra a última grande cidade do leste separatista sob controle de Kiev, ameaça criar uma nova frente de combates em um conflito que em nove meses fez mais de 5.000 mortos.

A conquista desta cidade permitira a criação de uma ligação terrestre entre a Rússia e a Crimeia, a península ucraniana anexada em março por Moscou, mas altamente dependente de Kiev para o seu abastecimento de água, eletricidade e comida.

O presidente Obama, fazendo coro às críticas ocidentais provocadas pelo ataque, prometeu "prosseguir com a abordagem que adotamos, ou seja, aumentar a pressão sobre a Rússia". "Eu irei analisar todas as opções disponíveis, excluindo o confronto militar", acrescentou durante uma coletiva de imprensa em Nova Delhi.

Em resposta, o chefe da diplomacia russa, Sergueï Lavrov, declarou que os novos episódios de violência na Ucrânia registrados nos últimos dias foram provocados por "dezenas de ataques permanentes" do exército ucraniano contra localidades povoadas.

Por sua vez, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, declarou neste domingo que "não há alternativa" aos acordos de paz assinados em setembro com os separatistas pró-russos após o ataque de sábado.

"A Ucrânia é partidária de uma solução pacífica para o conflito. Nós não vemos alternativa aos acordos de Minsk", declarou Poroshenko durante uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança Nacional e Defesa.

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