Relações

Oposição republicana critica Obama por retomar laços com Cuba

Elvis Lima
Elvis Lima
Publicado em 17/12/2014 às 19:48
Leitura:

A oposição republicana nos EUA reagiu com críticas ao anúncio da retomada de relações diplomáticas entre EUA e Cuba, feito na tarde desta quarta (17) pelo presidente americano, Barack Obama, e pelo ditador cubano, Raúl Castro. Os senadores John McCain e Lindsey Graham, duas das principais vozes do partido republicano em matéria de política externa, criticaram as medidas de Obama em um comunicado conjunto.

Para eles, a mudança de política reflete "o declínio da América e dos valores que ela representa". "[O acordo desta quarta] É sobre o apaziguamento de ditadores autocráticos, vândalos e adversários, diminuindo a influência da América ao redor do mundo", declararam os senadores. Tanto McCain como Graham ocuparão posições importantes no Senado americano a partir de janeiro de 2015, quando o partido democrata de Obama perderá o controle da Casa para os republicanos, após a expressiva vitória da oposição nas eleições legislativas de novembro passado.

McCain será chefe do Comitê de Serviços Armados do Senado, e Graham irá liderar um subcomitê responsável por supervisionar os gastos do Departamento de Estado, incluindo a futura embaixada em Havana. "A Casa Branca cedeu tudo, mas ganhou pouco", disse Marco Rubio, senador republicano pela Flórida e um cubano-americano. Rubio disse que vai se opor aos esforços da Casa Branca para confirmar embaixadores e financiar embaixadas americanas a fim de manter a pressão sobre o governo dos EUA em relação a Cuba.

O governador da Flórida, o republicano Rick Scott, classificou como "inconcebível" a libertação de três dos Cinco Cubanos, em troca do americano Alan Gross, mantido prisioneiro em Cuba há cinco anos. "Enquanto Cuba eleger a ditadura sobre a democracia, vou seguir apoiando o embargo e as sanções contra eles", afirmou Scott.

DEMOCRATA - Apesar de integrar o partido do presidente Barack Obama, o senador democrata Robert Menendez, que é cubano-americano, também criticou a reaproximação anunciada nesta quarta. "As mudanças regulatórias de hoje claramente pretendem contornar o espírito da lei dos EUA e o Congresso americano", afirmou Menendez, que será o líder democrata no Comitê de Relações Exteriores do Senado a partir de janeiro.

Mais lidas