Estados Unidos

Ex-agentes da CIA afirmam que governo e políticos sabiam de torturas

Mariana Campello
Mariana Campello
Publicado em 09/12/2014 às 22:15
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Ex-agentes da CIA acusaram nesta terça-feira (9) os autores do relatório sobre tortura divulgado pelo Senado americano de mentir, garantindo que altos funcionários e políticos tinham conhecimento do programa da agência.

Os ex-agentes afirmam ainda que o relatório de 6.700 páginas do Comitê de Inteligência do Senado foi "afetado por erros e interpretações totalmente contrários à realidade".

"O fato é que o programa permitiu a captura dos principais líderes da Al-Qaeda e ajudou a encontrar, inclusive, Osama bin Laden", destaca o grupo na página "ciasavedlives.com", reagindo às duras críticas contra a CIA decorrentes da publicação do relatório.

Grupo garante que oito líderes do Congresso foram amplamente informados sobre o programa / Foto: AFP

Grupo garante que oito líderes do Congresso foram amplamente informados sobre o programa Foto: AFP

Os ex-agentes rebatem o relatório com a apresentação de centenas de memorandos "oficiais", com os quais afirmam provar que a Casa Branca e os líderes do Congresso conheciam o alcance do programa secreto para a obtenção de informações.

"O departamento de Justiça e a Casa Branca estavam envolvidos, desde o princípio, no programa de  interrogatórios", garantem os ex-agentes, desmentindo a versão do relatório de que a CIA enganou funcionários do governo e legisladores.

George Tenet, que dirigiu a CIA durante os mandatos de Bill Clinton e de George W. Bush, afirma que o programa foi aprovado pelo último.

"Nossos documentos provarão que, em meio a uma grande ameaça contra os Estados Unidos, o programa salvou, efetivamente, a vida de americanos e de seus aliados, e evitou outro ataque em massa contra o território americano", destaca o site.

O grupo garante que oito líderes do Congresso foram amplamente informados sobre o programa. "As reuniões eram detalhadas e suas reações iam desde a aprovação a nenhuma objeção contra métodos mais agressivos".

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