A ONU denunciou neste domingo (19) o aumento do número de execuções de condenados à morte realizadas pelas autoridades iraquianas, advertindo que isto pode agravar a violência religiosa no país.
"O número de pessoas condenadas à pena de morte no Iraque é alarmante", assinalou a ONU, citando o aumento das execuções desde que foi restaurada a pena capital, em 2005.
Em 2014, 60 pessoas foram executadas no país, onde 1.724 presos aguardam no corredor da morte, indicou a ONU.
Muitas condenações são baseadas em "provas discutíveis", adverte em um relatório o enviado especial da ONU ao Iraque, Nickolay Mladenov.
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, alertou que a situação contribui para o agravamento do conflito religioso no Iraque.
"Executar indivíduos cuja culpa não foi comprovada acentua o sentimento de injustiça e alienação em uma parcela da população", assinalou.