Desaparecidos

Parentes de estudantes desaparecidos pedem ao México para intensificar buscas

MARÍLIA BANHOLZER
MARÍLIA BANHOLZER
Publicado em 08/10/2014 às 21:34
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As famílias de 43 estudantes desaparecidos no México pediram nesta quarta-feira (8) ao governo para intensificar as buscas dos jovens, com paradeiro desconhecido desde 26 de setembro, após a sua detenção pela polícia em Iguala, no Sul do país.

Em conferência de imprensa convocada pela Anistia Internacional (AI), os familiares referiram que as investigações não estão sendo conduzidas de forma adequada e que o governo está tentando desviar a atenção em direção ao crime organizado, quando todos os testemunhos indicam que os jovens foram atacados e detidos por policiais. “Pedimos ao governo federal que intervenha e inicie uma busca dos jovens em toda a região norte de Iguala. Sabemos que os jovens estão aí e essa é a exigência, uma busca intensiva”, disse Melitón Ortega, parente de um dos desaparecidos.

Ortega compareceu à conferência de imprensa com outro familiar e um representante dos alunos da Escola Normal de Ayotzinapa para exigir a presença “com vida” dos 43 jovens desaparecidos em Iguala, cidade do estado de Guerrero (Sul do México), e denunciar a “inexistência de uma investigação séria” por parte do governo mexicano.

Em nome dos familiares, pediu ainda “atenção” e “reparação de danos” para os que permanecem hospitalizados, segurança para as suas famílias e que o governo “faça justiça e castigue os responsáveis” pelos ataques contra os estudantes em 26 de setembro, com um balanço de seis mortos e dezenas de feridos, além dos desaparecidos.

Em uma referência às valas comuns encontradas em uma colina de Iguala, com pelo menos 28 corpos, Ortega disse, como representante das famílias, não acreditar que sejam os seus filhos, devendo concentrar todos os esforços para os encontrar vivos.

Uma equipe de peritos forenses argentinos encontra-se no México para colaborar na identificação dos 28 corpos descobertos na região. Na sequência dos acontecimentos, foram detidas mais de 30 pessoas, incluindo 22 policiais municipais e supostos membros do grupo criminoso Guerreros Unidos, que surgiu em 2011 após uma cisão no cartel de narcotráfico.

Os protestos pela tragédia de Iguala espalham-se por todo o país, enquanto centenas de milicianos deslocaram-se para Iguala e iniciaram as suas próprias buscas, às margens das forças de segurança federais.

 




As famílias de 43 estudantes desaparecidos no México pediram nesta quarta-feira (8) ao governo para intensificar as buscas dos jovens, com paradeiro desconhecido desde 26 de setembro, após a sua detenção pela polícia em Iguala, no Sul do país.

Em conferência de imprensa convocada pela Anistia Internacional (AI), os familiares referiram que as investigações não estão sendo conduzidas de forma adequada e que o governo está tentando desviar a atenção em direção ao crime organizado, quando todos os testemunhos indicam que os jovens foram atacados e detidos por policiais. “Pedimos ao governo federal que intervenha e inicie uma busca dos jovens em toda a região norte de Iguala. Sabemos que os jovens estão aí e essa é a exigência, uma busca intensiva”, disse Melitón Ortega, parente de um dos desaparecidos.

Ortega compareceu à conferência de imprensa com outro familiar e um representante dos alunos da Escola Normal de Ayotzinapa para exigir a presença “com vida” dos 43 jovens desaparecidos em Iguala, cidade do estado de Guerrero (Sul do México), e denunciar a “inexistência de uma investigação séria” por parte do governo mexicano.

Em nome dos familiares, pediu ainda “atenção” e “reparação de danos” para os que permanecem hospitalizados, segurança para as suas famílias e que o governo “faça justiça e castigue os responsáveis” pelos ataques contra os estudantes em 26 de setembro, com um balanço de seis mortos e dezenas de feridos, além dos desaparecidos.

Em uma referência às valas comuns encontradas em uma colina de Iguala, com pelo menos 28 corpos, Ortega disse, como representante das famílias, não acreditar que sejam os seus filhos, devendo concentrar todos os esforços para os encontrar vivos.

Uma equipe de peritos forenses argentinos encontra-se no México para colaborar na identificação dos 28 corpos descobertos na região. Na sequência dos acontecimentos, foram detidas mais de 30 pessoas, incluindo 22 policiais municipais e supostos membros do grupo criminoso Guerreros Unidos, que surgiu em 2011 após uma cisão no cartel de narcotráfico.

Os protestos pela tragédia de Iguala espalham-se por todo o país, enquanto centenas de milicianos deslocaram-se para Iguala e iniciaram as suas próprias buscas, às margens das forças de segurança federais.

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