Crime organizado

Pistoleiros confessam morte de 17 estudantes desaparecidos no México

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 05/10/2014 às 0:03
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Dois supostos pistoleiros do crime organizado confessaram a execução de 17 dos 43 estudantes desaparecidos no sul do México, que estariam enterrados em uma fossa comum encontrada no sábado, informou neste domingo o promotor estadual de Guerrero.

Em entrevista coletiva, o promotor Iñaky Blanco revelou que dois supostos pistoleiros dos "Guerreiros Unidos" - de cerca de 30 detidos por envolvimento no caso - "manifestaram ter participado diretamente do homicídio dos estudantes".

Os 43 estudantes universitários desapareceram há uma semana, após uma violenta repressão policial a protestos no município de Iguala, em Guerrero, da qual participaram membros do cartel das drogas "Guerreiros Unidos".

Segundo Blanco, os pistoleiros pararam um ônibus e fizeram descer 17 estudantes, que "levaram para o alto de um cerro de Pueblo Viejo (Iguala), onde há fossas comuns, e os executaram".

Em Pueblo Viejo foi encontrada no sábado uma fossa clandestina com "o total de 28 corpos, alguns completos e outros esquartejados", acrescentou Blanco, destacando que a identificação final exigirá, ao menos, 15 dias.

Iguala e Pueblo Viejo fica no nordeste de Guerrero, um dos estados mais pobres do México, que está entre as cinco regiões com o maior índice de homicídios e sequestros das 32 do país.

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