Obama acusou o Kremlin de apoiar a violência no leste da Ucrânia e de fornecer aos separatistas equipamentos sofisticados Foto: Nicholas Kamm / AFP
Legisladores americanos da oposição pediram nesta sexta-feira (18) que o presidente Barack Obama mostre uma forte liderança e adote medidas rápidas contra Moscou em resposta à derrubada de um avião de passageiros em território ucraniano.
Obama acusou o Kremlin de apoiar a violência no leste da Ucrânia e de fornecer aos separatistas equipamentos sofisticados, como o míssil terra-ar que derrubou o avião da Malaysia Airlines, mas não acusou a Rússia de ter relação direta com o ataque de quinta-feira, que matou as 298 pessoas a bordo.
Enquanto o governo analisa as próximas iniciativas a serem tomadas, os legisladores republicanos exortaram Obama a ser mais incisivo diante da crise na Ucrânia, nas negociações com o Irã e no conflito entre israelenses e palestinos.
"Precisamos de mais liderança do presidente", disse o congressista republicano Peter King ao canal de televisão MSNBC.
"É importante que o presidente dê um passo adiante e mobilize o apoio do Ocidente para impor sanções econômicas" à Rússia, considerou.
Adam Kinzinger, um republicano do comitê de Assuntos Externos da Câmara de Representantes, disse à Fox News que Obama deve levar a sério a ameaça russa e pressionar o presidente Vladimir Putin.
"Espero que o presidente Obama mostre hoje o mesmo tipo de liderança moral que teve o presidente (Ronald) Reagan em 1983", disse Kinzinger, referindo-se ao duro discurso de Reagan quatro dias depois da derrubada de um avião comercial da Korean Airlines por um caça soviético.
"Temos que reagir com força" se a Rússia estiver ligada ao incidente, disse a jornalistas o senador republicano John McCain.
Washington deveria armar o Exército ucraniano, aumentar significativamente as sanções contra Moscou e "classificar Vladimir Putin e a Rússia como uma nação pária", acrescentou McCain. "Se forem responsáveis por isso, é o que merecem".
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"Não estou culpando os Estados Unidos pela queda do avião", disse Graham. "Estou dizendo que a política externa do presidente Obama permite que os conflitos ampliem seu alcance".