Arte: Bruno de Carvalho/NE10
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A primeira testemunha a ser ouvida no julgamento foi arrolada pela acusação e? é o delegado Paulo Berenguer, responsável pelas investigações do caso, descoberto em abril de 2012. Para Berenguer, o assassinato foi premeditado pelo trio, já que Isabel e Jorge - casados há mais de 30 anos - alimentavam o desejo de ter filhos. Jéssica conheceu Isabel quando vendia doces, carregando sua filha no colo, nos semáforos de Boa Viagem. A criança logo despertou o interesse de Dona Bel - como era conhecida. A mesma tese é sustentada pelo MPPE.
A outra testemunha?, convocada tanto pela acusação quanto pela defesa, é o perito Lamartine de Hollanda, médico que assinou o laudo psiquiátrico apontando que nenhum dos três réus sofre de doença mental. Desta forma, os três são considerados imputáveis, ou seja, capazes de responder pelos crimes pelos quais estão sendo acusados.
A terceira parte do júri é o interrogatório de Jorge, Bruna e Isabel. Enquanto a defesa de Jorge ainda não prevê se ele falará sobre o crime, a de Bruna diz que ela está orientada a contar a sua versão. Já para a promotora Eliane Gaia, a expectativa é de que eles confessem os crimes. Nos depoimentos prestados à Polícia Civil de Pernambuco durante as investigações, os acusados confessaram os assassinatos?. Porém, nas audiências de instrução usaram o direito de ?ficar calados.
Ossos de Jéssica foram encontrados na casa onde o trio morou, em OlindaFoto: Mayra Cavalcanti/NE10
Logo em seguida virá a argumentação da defesa. Juntos, os advogados de Jorge, Isabel e Cristina terão
também? duas horas e meia para falar. Se houver réplica, cada parte terá mais duas horas. Quando o debate terminar, a juíza se reunirá com o Conselho de Sentença na chamada "sala secreta" para receber a decisão do júri e calcular a pena para os acusados. Segundo a magistrada, ?a expectativa é que ?o julgamento ?tenha duração de até dois dias.