Orixá feminino mais popular, Iemanjá tem homenagens em datas diferentes em cada região do País Foto: Bernardo Soares/ JC Imagem
Na apresentação intitulada 'Festa Pra Mãe do Mar', o rabequeiro vai lançar, em primeira mão, duas músicas que estarão presentes no seu quinto álbum. Segundo Maciel, a ideia da festa veio desde quando compôs a música “Mãe do Mar”. O ingresso custa R$ 20,00 e estará disponível para venda no local.
Orixá feminino mais popular do Brasil, Iemanjá tem homenagens em datas diferentes em cada região do País, devido à diversidade de cultos afros e pelo sincretismo.
No Recife, por exemplo, o Sítio de Pai Adão, no bairro Água Fria, um dos mais antigos e respeitados ícones do culto nagô, homenageia a Deusa das Águas em dezembro, quando se louva também Nossa Senhora da Conceição na Igreja Católica. Já o Terreiro de Xambá, em Olinda, realiza no dia 28 de maio o 'Toque de Yemanjá'.
O dia 2 de fevereiro, pela igreja católica é dia de Nossa Senhora dos Navegantes - data esta muito comemorada pelos pescadores e jangadeiros. Pelo fato do Candomblé, no Brasil, ter seu berço na Bahia, é nesta data que os adeptos desta religião homenageiam esta Orixá, sendo difundida pelo País e causando confusão para o povo em geral, inclusive para os umbandistas.
Para a Umbanda, a data de homenagem à Iemanjá é no dia 15 de agosto, que, pelo sincretismo com a religião católica é dia de Nossa Senhora da Glória - dia da assunção de Maria.
Além da Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina realizam a comemoração neste dia 2 de fevereiro e sincretizam Iemanjá com Nossa Senhora dos Navegantes. Em São Paulo, a maior comemoração é no dia 8 de dezembro, na Praia Grande.
No Rio de Janeiro, a festa é comemorada nos dias 30 e 31 de dezembro, na manhã da véspera do Ano Novo para evitar um maior congestionamento nas praias e ruas. No Ceará é comemorada no dia 15 de agosto, devido a mesma data ser dia de Nossa Senhora da Assunção padroeira da cidade de Fortaleza.
Artistas celebram o Dia da Rainha do Mar nas redes sociais:
Emanuelle Araújo, atriz: "Abracei o Mar... E nada pedi , só agradeci. Obrigada minha mãe. Obrigada meu irmão. Vamos propagar todo amor e alegria que a gente tem no coração com a proteção da Rainha das Águas e Deus . Salve Yemanja. Odoyaaaaá!!!".
Ivete Sangalo, cantora: "Salve Yemanjá a rainha do mar!
Taís Araújo, atriz: "Salve a Rainha do Mar!"
Juliana Paes, atriz: "Que a força e energia das águas do mar nos inspire e amanse nossos corações nesse dia de hoje!"
Valesca Popozuda, cantora: "Odoiá, Odoiá, Iemanjá. Rainha das Ondas, sereia do mar, como é belo seu canto, senhora! Quem escuta chora, mãe das águas, do oceano, soberana das águas. Dê-me sucesso, progresso e vitória. Abra meus caminhos no amor e cuide de mim. Que as águas sagradas do oceano lavem minha alma e meu ser. Abençõe, mãe, minha família e meus amigos. Permita que o amor seja nossa maior fonte de energia. Sou suas águas, suas ondas, e a senhora cuida dos meus caminhos. Iemanjá, em seu poder eu confio.
Carlinhos Brown, cantor: "Odoyara Seja ela Sereia Janaína, Princesa ou Rainha, Kaiala ou Sobá de Marabô a Dandalunda de Euwa à Xapanã Olocum é a sua mãe e ela Yemonja. É a mãe dos orixás que rege o amor. Sem ela, a vida seria um naufrágio. Protetora dos mares e dos aventurados que por eles navegam. Hoje é o dia de celebrarmos você mamãe, que sempre nos acolhe e guia nossos caminhos com eterna compaixão".
Zeca Pagodinho, cantor: "Odoyá, Rainha do Mar! Hoje é dia de Nossa Senhora dos Navegantes, sincretizada Iemanjá. Para celebrar, esta bela imagem do artista".
Orixá
Também conhecida como Janaína, Inaê, e Princesa de Aioká (como os negros bantos chamavam o fundo do mar). Formosa e vaidosa, a deusa de cabelos longos e perfumados, gosta de receber flores, água de cheiro, pente e espelho.
Poderosa e vasta como as águas oceânicas, Iemanjá é considerada a grande mãe, a energia feminina que gera e cuida dos seus filhos. Na Umbanda, geralmente é representada na forma de uma sereia, onde é tida como a Sereia Rainha do Mar.
História
Iemanjá é também conhecida por Yemanjá, Iyemanjá, Yemaya, Yemoja ou Iemoja. O nome é derivado da expressão Iorubá, que quer dizer "mãe cujos filhos são peixes".
A mãe do mar era a orixá de uma nação iorubá, os Egba, que viviam inicialmente em um local no sudoeste da Nigéria, entre Ifé e Ibadan, onde há um rio chamado Yemanjá.
No século XIX, por causa das guerras entre povos iorubás, os Egba foram obrigados a se afastar do rio Iemanjá e passaram a viver em Abeokuta. No entanto, continuaram cultuando a divindade, que segundo a tradição, passou a viver em um novo rio, o Ògùn.