Exatamente um ano após o assassinato de Maria Alice Seabra, que chocou Pernambuco pela brutalidade, a irmã da jovem, Maria Angélica Amorim, desabafou sobre o caso Foto: Facebook
- Polícia sem previsão para concluir inquérito de caso Maria Alice Seabra
- Padrasto decepou mão de Maria Alice Seabra, diz inquérito
- "Ainda escuto o pedido de socorro", diz mãe de Maria Alice, morta pelo padrasto
- Nova audiência do Caso Maria Alice reforça sentimento da família por justiça
A mãe de Maria Alice, Maria José Arruda, hoje sobrevive de doações de amigos e conta que as únicas companhias diárias são a filha mais nova, de 11 anos, e o cachorro Cid. "Quando tem faxina pra fazer, eu pego", conta Dedé, como é conhecida. De acordo com ela, a filha mais nova, filha de Gildo, pensa até em retirar o sobrenome do pai. "Minha dor foi grande, mas acredito a dela foi maior: ela perdeu o pai e a irmã. Hoje ela diz que não tem pai. Fala que a gente convivia com um monstro e não sabia", conta.
O júri será realizado em Itapissuma, onde ocorreu o assassinato. O juiz titular da comarca, Romero Aquino, explica que já queria ter colocado o caso em pauta, mas encontra dificuldades para ouvir todas as testemunhas. "As testemunhas são de outras cidades - Recife e municípios do interior, como Paudalho, Gravatá e Bom Jardim. É preciso que elas sejam ouvidas nas respectivas comarcas, por meio de cartas precatórias. Isso atrasa o processo", explica. Ainda de acordo com Aquino, faltam apenas duas precatórias serem expedidas para o caso.