As notas falsas (foto) foram compradas na agência do BB da Avenida Rio Branco, Centro do Recife Foto: cortesia
Enquanto o banco não se pronuncia diante das autoridades, o pai de Amanda, João Neto da Silva, que levou o dinheiro do Brasil para os EUA, também pode responder processo e está proibido de deixar o país até que a situação seja resolvida.
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Segundo a universitária, um representante da instituição financeira ligou hoje, às 13h40 (horário americano) e perguntou o que ela estava precisando. "Eu disse que preciso de um posicionamento oficial por escrito para ser entregue às autoridades americana e brasileira, para o departamento de polícia, onde o boletim de ocorrência foi feito, e também para o Serviço Secreto Americano, como também para o consulado brasileiro. No Brasil, preciso entregar o mesmo documento para a Polícia Federal", destacou. Ele disse que o banco estava empenhado em resolver a situação e voltou a ligar às 16h08 ressaltando que estavam trabalhando para organizar tudo. "Eu perguntei: Tudo isso aconteceu desde quarta-feira e vocês ainda não resolveram? Eu preciso de um retorno ainda hoje". Mas até o momento, são cerca de 20h nos EUA, o representando do BB não retornou.
O Banco do Brasil, através de sua assessoria, confirmou o contato com Amanda e informou, por meio de nota, que "escalou equipe de profissionais para prestar a devida assistência e apoio jurídico à família. Tão logo foi informado das ocorrências, o banco iniciou a apuração das causas e adotou as medidas necessárias. As apurações internas ainda estão em curso, e o banco prestará todas as informações devidas às autoridades, inclusive à Polícia Federal. O BB lamenta o ocorrido e informa que já adotou medidas para evitar outras intercorrências."
O CASO - A agência do Banco do Brasil onde os dólares foram comprados fica na Avenida Rio Branco, no Centro do Recife. A tia de Amanda, Maria de Fátima Silva, que comprou os dólares no último dia 18 de junho, foi até a agência na manhã da última quinta-feira (25) para cobrar uma explicação. “O banco assumiu o erro e disse que teve problemas com um lote de dinheiro. Eles disseram que chegaram a entrar em contato com clientes para fazer a troca, mas não recebemos nenhuma ligação. Como o dinheiro falso foi retido pela polícia americana, na tarde da quinta o Banco do Brasil me ressarciu a quantia exata de US$ 2.820", explicou Amanda Silva.
Os dólares em espécie comprados pela tia de Amanda no BB foram levados pelo pai dela, que decidiu passar 11 dias com a filha em Huston, no Texas, onde ela mora. “Meu pai chegou por volta das 5h30 (horário local) da quarta e fomos até a agência americana Bank of America para depositar o dinheiro”, contou Amanda. No caixa, a atendente colocou as notas na máquina de contagem e averiguação e, após conferir por duas vezes, informou que todas eram falsas. “Não acreditei, disse que tinham sido compradas em uma agência, que era impossível”, argumentou. A atendente então orientou Amanda a procurar o Serviço Secreto Americano (US Service Secret).
“Como tinha certeza que tratava-se de um erro, liguei para a polícia e eles disseram que poderia ocorrer um erro na máquina de contagem. Então voltei para a agência e informei à gerente do banco americano para que entrasse em contato com a US Service Secret. Ela entrou em contato e repassou a numeração das notas, constatando, mais uma vez, que eram falsas. Foi aí que a polícia foi chamada”, explicou Amanda. O dinheiro ficou retido pela polícia americana.
» Abaixo, os comprovantes do compra dos dólares e de ressarcimento da agência após assumir o erro, respectivamente: