Rebelião no Curado

Após morte de sargento, Sinpol denuncia caos na segurança pública

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 20/01/2015 às 12:12
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Sargento Carlos Silveira tinha 44 anos e foi morto durante rebelião no Complexo Prisional do Curado / Foto: Sinpol/Divulgação

Sargento Carlos Silveira tinha 44 anos e foi morto durante rebelião no Complexo Prisional do Curado Foto: Sinpol/Divulgação

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) lamentou nesta terça-feira (20) a morte do sargento da Polícia Militar Carlos Silveira do Carmo, 44 anos, durante uma rebelião no Complexo Prisional do Curado na segunda (19). Em nota, o grupo disse que Silveira foi "morto covardemente" enquanto exercia sua "difícil tarefa de garantir a ordem pública".

Segundo o Sinpol, a morte do sargento mostra o "completo caos" pelo qual passa a segurança pública de Pernambuco. "Mais um herói foi morto no exercício de sua função, desta vez, alvejado por balas disparadas de dentro de um presídio, onde os apenados deveriam exercer atividades de ressocialização", afirma o texto.

Ainda segundo o sindicato, o caos é resultado de uma sequência de "malfeitos administrativos" e de "muito descaso". Os policiais disseram ainda que existe déficit de pessoal, salários aviltantes, más condições de trabalho, falta de equipamentos e "uma política falida que prioriza a apresentação de números em detrimento de resultados efetivos que beneficiem a sociedade".

Carlos Silveira trabalhava na PM há 24 anos e foi morto com um tiro na cabeça. Ele ainda chegou a ser atendido no Hospital Otávio de Freitas, mas não resistiu aos ferimentos. Além do sargento, morreu no tumulto o detento Edivaldo Barros da Silva Filho, 34, e 29 reeducandos ficaram feridos.

O Delegado João Paulo Andrade, da 4ª Delegacia de Homicídios, investiga a morte de Silveira.

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