Armas podem ser entregues anonimamente, e responsável recebe indenização Foto: Polícia Federal/ Divulgação
Na última sexta-feira (18), a polícia recebeu da mesma pessoa uma metralhadora de marca Uzi - de fabricação israelense - calibre 9 mm, que tem capacidade de disparar 600 tiros por minuto, com sete munições calibre 9 mm e 15 munições calibre 40, além de duas espingardas calibre 12, com 11 munições.
Metralhadora de fabricação israelense tem capacidade de disparar 600 tiros por minutoFoto: Polícia Federal/ Divulgação
Desde o último balanço, no dia 8 de abril deste ano, houve uma estabilidade na arrecadação por dia. As armas mais comuns são revólveres, espingardas e pistolas; já as munições são as de calibre 38. Os postos também recebem armas de brinquedo, artesanais e de fabricação caseira, mas não há indenização para este tipo.
O material é recebido nos postos da Polícia Federal no Recife, Caruaru e Salgueiro, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de 23 postos da Polícia Militar, um deles itinerante. A entrega é feita de forma anônima, e a indenização, com valores que variam entre R$ 150 e R$ 450, dependendo do calibre e do tipo. Nenhum questionamento será feito e o recebimento do dinheiro ocorre em 48 horas, em qualquer terminal eletrônico do Banco do Brasil. O armamento é levado ao exército para a devida destruição.
Para entregar uma arma, a pessoa deve acessar a página da Polícia Federal ou o site Entregue sua arma, e preencher uma guia de trânsito, que tem validade de um dia, e guardá-la discretamente e sem munição. Nessas condições, o documento dará cobertura, caso o indivíduo seja abordado em uma blitz policial.
No Brasil, existem 2.127 postos de entrega, que receberam 649 mil armas, com indenizações que totalizam mais de R$ 12 milhões. No ano passado, São Paulo liderou o ranking nacional, com 8.511 armas, seguido da Bahia 3.853, e Rio Grande do Sul 3.641. Pernambuco aparece em 5º, com 3.110 armas.