Nesta quarta-feira

Meirelles diz que não terá decisão sobre correção da tabela do IR

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 21/03/2017 às 19:18
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"Não há pressa nessa decisão", afirmou Meirelles que mudança só valerá para as declarações de 2018 / Foto: Agência Brasil

"Não há pressa nessa decisão", afirmou Meirelles que mudança só valerá para as declarações de 2018 Foto: Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo não anunciará a correção da tabela do Imposto de Renda nesta quarta-feira, 22, quando será divulgado o corte no orçamento de 2017. "Não há pressa nessa decisão", afirmou, ressaltando que qualquer mudança só valerá para as declarações de 2018.

O ministro disse que o tamanho do contingenciamento não está fechado e que a equipe econômica se reunirá na manhã desta quarta-feira para fechar as contas. Segundo Meirelles, o número final dependerá de hipóteses referentes à arrecadação, como as projeções para o programa de repatriação, programa de regularização tributária, leilões de infraestrutura e com o aumento da atividade econômica

"Estamos refinando os números, pegando os últimos dados disponíveis para ter a melhor previsão possível. É preferível não ter aumento de tributo, mas se precisar, vamos fazê-lo", afirmou.

Apesar de nesta quarta-feira, 22, o governo apresentar novas projeções para o PIB neste ano, o ministro disse que não está sendo calculado nenhum tipo de impacto da Operação Carne Fraca na economia. "Precisamos ver quais serão os desdobramentos disso", explicou.

Meirelles comentou declarações dadas pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá, ao jornal Folha de S.Paulo, de que o corte ficaria entre R$ 30 bilhões a R$ 35 bilhões. "Essa certamente é a opinião do líder", afirmou.

Previdência

Meirelles falou rapidamente com a imprensa após reunião com a bancada do DEM na Câmara dos Deputados para discutir a reforma da Previdência. Após a apresentação de diversas emendas, o ministro disse que qualquer mudança no projeto de reforma terá de ser compensada por outra mudança. "Não faz sentido fazer uma reforma que não resolve o problema. Se for retirar itens importantes, teremos de acrescentar itens importantes", afirmou.

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