O ministro citou que o mercado financeiro prevê que o Brasil crescerá em torno de 0,50% em 2017 Foto: Agência Brasil
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Durante a palestra dada a executivos do banco federal, o ministro citou que o mercado financeiro prevê que o Brasil crescerá em torno de 0,50% em 2017, enquanto a previsão do governo segue em 1%. "É um número um pouco baixo, mas isso engana", disse, ao argumentar que a estimativa para o ano acaba amenizando a velocidade crescente da atividade esperada pelo governo.
Para reafirmar essa avaliação, o ministro da Fazenda repetiu a previsão de que a economia crescerá a um ritmo "de cerca de 2%" no último trimestre de 2017 na comparação com 2016. "Vamos ter expansão do consumo. Em um segundo momento, será no investimento", disse, ao comentar que a redução da alavancagem das empresas abrirá espaço para que haja retomada do investimento em breve. A apresentação de Meirelles foi fechada à imprensa, mas o áudio da palestra foi divulgado pela assessoria de imprensa da Fazenda.
Revisão
Meirelles disse que o governo só irá rever sua previsão para o crescimento do PIB em 2017, atualmente em 1%, em março, quando, legalmente, tem que divulgar o relatório bimestral de receitas e despesas.
O ministro disse que o governo quer esperar a divulgação de indicadores antecedentes, como venda de papelão e consumo de energia, antes de fazer nova previsão para a atividade neste ano "Concluímos que não há necessidade de fazer revisão do PIB neste momento. Está havendo uma série de mudanças importantes, uma inflexão positiva da economia brasileira", afirmou.
Meirelles voltou a destacar que para a Fazenda o mais importante é a comparação do crescimento do fim de 2017 com o fim de 2016, que será da ordem de 2%. Para o ministro, os analistas de mercado, que preveem crescimento de 0,5% neste ano, devem rever para cima suas projeções. "O país sim já está em trajetória de crescimento", afirmou.
Também em relação às receita o governo só fará novas avaliações em março, disse Meirelles. Ele ponderou que há uma série de questões a serem consideradas, como um novo programa de repatriação de receitas, que está em votação no Congresso, e o desempenho do programa de regularização tributária, além do próprio crescimento econômico.