Países da Europa que ainda se recuperam da crise financeira ficaram bem à frente do Brasil Foto: EBC
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Outras economias que apresentaram resultados muito ruins nas edições anteriores, como a Venezuela, até o momento não divulgaram seus resultados, ressalta a agência de classificação de risco.
Segundo a Austin, as Filipinas tiveram o melhor desempenho no terceiro trimestre, com crescimento de 7,1% no PIB, ante o mesmo trimestre de 2015. Em seguida aparecem no ranking China (6,7%), Indonésia (5%), Israel (5%), Peru (4,4%) e Malásia (4,3%).
Países da Europa que ainda se recuperam da crise financeira de 2008, seguida de graves problemas fiscais, ficaram bem à frente do Brasil. É o caso de Espanha (7º lugar) e Portugal (24º).
O resultado do Brasil no trimestre ficou bem abaixo da média de outros Brics - de crescimento de 1,1% no período. A conta não engloba resultados da Índia e da África do Sul, cujos dados ainda não foram divulgados. O desempenho brasileiro é ainda mais fraco se comparado à média geral de crescimento do PIB dos 39 países listados: 2,1%.
Projeção
A partir dos resultados do PIB do terceiro trimestre e dos resultados dos indicadores antecedentes dos últimos meses, a Austin Rating revisou sua projeção de retração do PIB de 2016 para 3,5%, ante um recuo de 3,1% estimado no trimestre anterior. Já para 2017, a Austin acredita que o PIB poderá crescer 1,3%, contrariando a tendência do mercado, que tem projetado um PIB abaixo de 1%.
"A revisão para cima do PIB de 2017 recai sobre a perspectiva de melhora vigorosa dos fatores de produção a partir do segundo semestre de 2017, com destaque aos investimentos privados, bem como pela retomada do mercado de crédito com estímulo da queda da taxa de juros e início de recuperação do mercado de trabalho, além do efeito estatístico da base de comparação menor", diz o estudo.
No entanto, a Austin ressalva que a concretização de um cenário econômico brasileiro melhor em 2017 depende, em parte, das alterações que a economia global sofrerá a partir da mudança de política econômica nos Estados Unidos, que na análise da agência de risco deve elevar a taxa de juros no fim deste ano, alterando a relação de preços dos ativos financeiros globais. O "efeito Trump" sobre as relações internacionais de comércio exterior também deve pesar.