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Dólar fecha aos R$ 3,13 com sinais 'duros' do BC

Ingrid
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Publicado em 20/10/2016 às 18:37
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No segmento à vista, o dólar recuou pelo terceiro dia consecutivo e encerrou em queda de 0,88%, aos R$ 3,1397. / Foto: AFP

No segmento à vista, o dólar recuou pelo terceiro dia consecutivo e encerrou em queda de 0,88%, aos R$ 3,1397. Foto: AFP

O dólar fechou nesta quinta-feira, 20, no menor valor em mais de dois meses, aos R$ 3,13 no mercado à vista. Na contramão do exterior, a baixa da divisa norte-americana foi direcionada pela expectativa de entrada de recursos no País por causa da Lei de Repatriação e pela percepção de que a distensão monetária no Brasil será gradual. 

No segmento à vista, o dólar recuou pelo terceiro dia consecutivo e encerrou em queda de 0,88%, aos R$ 3,1397. Este foi o menor valor desde os R$ 3,1385 de 11 de agosto de 2016. Na mínima, a divisa chegou aos R$ 3,1347 (-1,04%), o que não era visto desde 11 de agosto (R$ 3,1293). De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,515 bilhão. 

Já no mercado futuro, o dólar para novembro terminou o dia aos R$ 3,1500, em baixa de 0,85%, com giro de US$ 16,774 bilhões. No menor nível da sessão, o contrato tocou R$ 3,1435 (-1,05%). 

Por aqui, o mercado amanheceu com a notícia de que o Banco Central reduziu em 0,25 ponto porcentual a taxa básica de juros, a Selic, para 14,00%. A decisão confrontou as expectativas de parte dos especialistas e profissionais de finanças de que o corte poderia ser de 0,50 ponto porcentual.

Durante a tarde, a queda do dólar frente ao real ganhou força com fluxo de entrada de recursos no País e perspectiva de que a chegada de capital ganhará força nos próximos dias por causa da Lei de Repatriação.

Cabe ressaltar ainda que o câmbio doméstico destoou dos avanços do dólar no exterior, apesar da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e forte queda do petróleo. Exemplifica essa diferença a alta de 0,40% do Dollar Index no final da tarde, enquanto o avanço da divisa dos EUA era visto contra as principais moedas de mercados emergentes e ligadas a commodities. Também ficaram de lado os "ruídos" do cenário político brasileiro, como a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha.

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