Mercado financeiro

Dólar recua ante real com apetite ao risco após debate nos EUA

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 27/09/2016 às 18:27
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Segundo dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 2,079 bilhões / Foto: Reprodução

Segundo dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 2,079 bilhões Foto: Reprodução

O dólar recuou frente ao real nesta terça-feira, 27, em linha com o movimento de baixa frente a divisas de economias emergentes e ligadas a commodities. O principal catalisador desse apetite ao risco veio com as avaliações positivas sobre o desempenho da candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, que enfrentou em debate ontem à noite o republicano Donald Trump.

No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou em queda de 0,31%, aos R$ 3,2330. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 2,079 bilhões. Já no segmento futuro, o contrato de dólar para outubro teve baixa de 0,28%, aos R$ 3,2355, com giro de US$ 17,753 bilhões.

O alívio oriundo da disputa eleitoral norte-americana não evitou alguns momentos de estresse no câmbio doméstico, tendo em vista a acentuada queda do petróleo e fluxos pontuais de saída de recursos do País.

Domesticamente, o dia foi de divulgação do relatório de inflação do terceiro trimestre, do Banco Central. O documento teve efeito limitado no mercado e sinalizou alguns avanços na economia nacional, como a desaceleração nas expectativas de inflação, o que poderia justificar corte na taxa básica de juros, a Selic, já em outubro.

Na visão dos profissionais do câmbio, um possível corte de juros, seja de 0,25 ponto porcentual ou 0,5 ponto porcentual, não prejudica a rentabilidade no Brasil, uma vez que a Selic ainda se encontra elevada e a medida deve vir num contexto de evolução econômica.

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