Os presidentes de Nextel, Natura, Swiss Re e Fibria avaliaram que temas como permitir negociação entre empresa e empregado e regulação pelo governo são demandas. Foto: Arquivo / Agência Brasil
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Já na visão do presidente da Fibria, Marcelo Castelli, mesmo com a reforma trabalhista, ainda será preciso manter um caráter regulatório. "Toda democracia moderna precisa ter agências reguladoras para evitar excessos", declarou.
O executivo ainda destacou a necessidade de se discutir modelos mais contemporâneos de trabalho, que permitam que funcionários trabalhem de casa ou em horários não necessariamente rígidos.
O presidente da Swiss Re Corporate Solutions, João Nogueira Batista, considera que a prioridade é permitir a negociação entre empresas e trabalhadores. "O Supremo Tribunal Federal tem tomado decisões nessa direção e, no mundo com o nível de informação que temos, a livre negociação deve predominar", avaliou.
Para Roberto Lima, presidente da Natura, as empresas têm ainda que rediscutir alguns conceitos. Ele mencionou o tema da terceirização das atividades-fim. "Sempre concebemos a terceirização como uma coisa que servia para atividades acessórias, mas existe a Apple, que terceiriza a produção e não terceiriza o pessoal de loja porque entende que isso é essencial", comentou. Para ele, qualquer que seja o novo quadro legal, ele tende a não ser definitivo, já que as relações de trabalho devem sempre evoluir.