No cenário internacional, no entanto, a tendência majoritária foi de alta do dólar Foto: AFP
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A sexta-feira foi de noticiário bastante escasso, o que levou os investidores a estender o olhar para os eventos esperados a partir da próxima semana, que terá agenda extensa e relevante.
No Brasil, o principal destaque será a entrada na fase final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. Para os investidores, a confirmação de Michel Temer como presidente efetivo deverá ser marcada por um endurecimento de seu discurso, de forma a garantir o avanço das medidas de ajuste fiscal.
Na tarde destas sexta, Temer reuniu-se com ministros e parlamentares em São Paulo, para tratar de temas de interesse do governo no Congresso, entre eles o Orçamento para 2017, a recriação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), a renegociação da dívida dos Estados e aumentos para o funcionalismo público. Para o mercado, a leitura desse encontro é que Temer já trabalha nessa nova postura.
Nos Estados Unidos, a expectativa maior é pelo discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, na sexta-feira, dia 26. A alta do dólar frente a outras moedas foi favorecida pela percepção de que a retomada do ciclo de aumentos de juros nos Estados Unidos pode acontecer ainda este ano, ao contrário das apostas majoritárias de dias atrás.
Isso porque a ata "dovish" do Federal Reserve, divulgada na quarta-feira, 17, não apagou totalmente a luz amarela acesa um dia antes pelo presidente do Fed de Nova York, William Dudley, que acenou com a possibilidade de elevação de juros já na reunião de política monetária de setembro.