Chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel disse que a saída de investimentos estrangeiros foi influenciada por uma operação no mercado financeiro, envolvendo bancos. Foto: Elza Fiúza /Agencia Brasil
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Esse tipo de investimento é considerado o melhor para financiar o saldo negativo das contas externas por ser de longo prazo. Em junho, as contas externas fecharam com déficit de US$ 2,479 bilhões e, no primeiro semestre, o resultado negativo ficou em US$ 8,444 bilhões, bem menor do que os US$ 37,888 bilhões de igual período de 2015.
Projeção superada
O déficit de junho superou a projeção do BC de US$ 1 bilhão. Segundo Maciel, isso aconteceu porque a balança comercial, que integra as contas externas, teve desempenho inferior ao de meses anteriores.
Maciel acrescentou que os ajustes nas contas externas, com redução do déficit, são influenciados pelo dólar mais caro e também pela queda da atividade econômica. Esses fatores estimulam as exportações, inibem as importações, viagens ao exterior, reduzem remessas de lucros e dividendos ao exterior, entre outros efeitos.
Entretanto, Maciel destacou que o dólar já custou mais de R$ 4 no início do ano e agora a cotação está em patamar menor e, recentemente, há “sinais de estabilização” da atividade econômica.