A demanda a princípio apoiou-se também nas perdas acumuladas em 7,45% ante o real em junho até ontem Foto: Fotos Públicas
- Dólar recua ante real com exterior e política no radar
- Dólar encerra sequência de quedas e fecha na máxima do dia, a R$ 3,41
- Dólar recua ante real, refletindo otimismo moderado do exterior
- Dólar fecha abaixo de R$ 3,35, no menor valor em 11 meses
Após forte elevação no começo do dia, o dólar foi perdendo força ao longo dia, em linha com o movimento do Dollar Index. Para o operador Cleber Alessie Machado Neto, da H.Commcor DTVM, o impacto do Brexit no mercado de câmbio brasileiro foi limitado, porque, diante de um ambiente internacional de liquidez elevada e juros baixos, o País pode acabar se tornando destino de recursos vindos de economias desenvolvidas, como na Europa. "O capital especulativo vai procurar um lugar e o Brasil pode ser uma janela de oportunidades", afirmou Machado Neto.
Em sua avaliação, foi modesta a elevação do dólar ante o real hoje em comparação ao que se esperava. "Ela foi amenizada por expectativas de ingresso de capital no País", afirmou. "Uma alta de 1% era o mínimo esperado, mas o dólar subiu 3% no começo do dia e perdeu força. Nem com o Brexit o dólar conseguiu se sustentar acima de R$ 3,40 no mercado à vista", ressaltou.
Há percepção de que os bancos centrais de países desenvolvidos, assim como no Brasil, estão comprometidos em garantir oferta de liquidez para conter eventuais choques, disse um outro profissional de câmbio. A fonte citou como exemplo o Banco da Inglaterra (BoE), que anunciou ter 250 bilhões de libras esterlinas disponíveis para oferecer em liquidez extra ao mercado para o período de "incerteza e ajuste". A taxa de juros na Inglaterra está em 0,5% ao ano.