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Em forte alta, dólar supera R$ 4,00 em meio a preocupações com China

Ana Maria Miranda
Ana Maria Miranda
Publicado em 04/01/2016 às 10:33
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Às 9h45, o dólar à vista no balcão avançava 2,29%, cotado a R$ 4,0507, depois de bater máxima a R$ 4,0630 (+2,60%) / Foto: Fotos Públicas

Às 9h45, o dólar à vista no balcão avançava 2,29%, cotado a R$ 4,0507, depois de bater máxima a R$ 4,0630 (+2,60%) Foto: Fotos Públicas

O dólar à vista abriu 2016 em forte alta no mercado de balcão, negociado na casa dos R$ 4,04, acompanhando o desempenho da divisa ante moedas emergentes em geral. Os investidores operam nesta segunda-feira (4) em meio a um movimento de aversão ao risco nos mercados internacionais, após um dado fraco da indústria da China derrubar as bolsas na Ásia mais cedo. Internamente, a valorização é maior em razão das incertezas políticas e previsões ruins para o Produto Interno Bruto (PIB) e para a inflação neste ano, entre outros fatores.

Às 9h45, o dólar à vista no balcão avançava 2,29%, cotado a R$ 4,0507, depois de bater máxima a R$ 4,0630 (+2,60%). No mercado futuro, o dólar para fevereiro subia 1,51%, a R$ 34,0595. 

Os juros futuros sobem desde a abertura, acompanhando a valorização do dólar. Os mercados operam em meio a um movimento de aversão ao risco no exterior, após um dado fraco da indústria da China, que derrubou as bolsas na Ásia mais cedo. Internamente, a valorização é maior em razão das incertezas políticas e previsões ruins para este ano, entre outros fatores. Às 9h45, o DI para janeiro de 2017 indicava 15,95%, de 15,87% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021, 16,70%, ante 16,62%.

No exterior, os juros dos Treasuries também recuam diante da aversão ao risco. O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria da China recuou de 48,6 em novembro para 48,2 em dezembro, segundo a Caixin Media e a Markit. O resultado marcou o décimo mês consecutivo de leitura abaixo da barreira psicológica de 50,0, o que indica contração de atividade na manufatura chinesa. 

As bolsas europeias e índices futuros de NY também operam em baixa no primeiro pregão de 2016. O indicador decepcionante, que renovou preocupações com a desaceleração da China, gerou uma forte liquidação das ações na Ásia. 

O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, sofreu um tombo de 6,9% nesta segunda-feira, encerrando os negócios antes do horário normal devido à estreia de um sistema de circuit breaker, que limita as perdas por sessão.

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