Água

Com excedente, usina de Itaipu escoa duas Cataratas do Iguaçu por segundo

Mariana Campello
Mariana Campello
Publicado em 17/10/2015 às 17:15
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Fluxo chegou a 2.642 metros cúbicos de água por segundo / Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Fluxo chegou a 2.642 metros cúbicos de água por segundo Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Com reservatórios cheios por causa da chuva, a usina hidrelétrica de Itaipu, no Paraná, passou a escoar o excedente de água não utilizada para a geração de energia, segundo a Itaipu Binacional, desde sexta-feira (16).
Após chegar ao limite da cota normal de operação de 220,3 metros acima do nível do mar -o normal é entre 218,30 e 220,30 metros-, a usina começou a verter o excedente com uma vazão de 1.342 metros cúbicos de água por segundo, por uma das três calhas.

Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

O rio Paraná registra, desde julho, uma das maiores cheias da história, mas a usina não tinha vertido o excedente de água.

Neste sábado (17), o fluxo chegou a 2.642 metros cúbicos de água por segundo, o equivalente à vazão de duas Cataratas do Iguaçu, e a usina opera com 220,18 metros acima do nível do mar.
Segundo a Itaipu Binacional, o aumento do nível é resultado da cheia dos rios Ivaí, Piquiri e Tibagi -decorrente do fenômeno meteorológico El Niño, que no sul do país se caracteriza por chuvas elevadas- e da baixa demanda por eletricidade nas regiões atendidas pelo sistema durante o fim de semana.
Itaipu fornece cerca de 17% da energia consumida no Brasil e 75% no Paraguai. Do lado brasileiro a energia produzida pela hidrelétrica é escoada pelo Sistema Interligado Nacional, a partir da subestação de Foz do Iguaçu, no Paraná.


A última vez que a calha foi aberta em Itaipu foi entre 11 e 27 de julho de 2015, também por causa da cheia do Rio Paraná.

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