Mais de 1 milhão de casas da segunda fase do programa ainda não foram entregues Foto: Agência Brasil
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Segundo a reportagem apurou, auxiliares da presidente avaliaram que fazer uma cerimônia ampla para lançar o programa emitiria "sinais errados" para o Congresso e para o setor privado, que pressionam o governo a eliminar despesas e a encontrar saídas para o déficit de R$ 30,5 bilhões apresentando na semana passada na proposta orçamentária de 2016.
Na terça-feira (8), o governo já admitia publicamente que o Minha Casa, Minha Vida sofrerá cortes para reduzir as despesas públicas. E mais: 1,4 milhão de casas da segunda fase do programa ainda não foram entregues.
Mesmo assim, o ministro Gilberto Kassab (Cidades), após uma reunião com Dilma na segunda-feira (7), insistia em lançar com pompas a terceira fase do programa.
O núcleo político de Dilma, porém, agiu para que o evento virasse apenas uma reunião fechada com a participação da presidente e de representantes da construção civil e de movimentos sociais.
No início de agosto, Dilma havia anunciado em sua página no Twitter que o evento estava marcado para 10 de setembro e, até a noite desta quarta, não havia mencionado qualquer mudança no cronograma.
3 MILHÕES DE UNIDADES - Para a terceira fase do Minha Casa, Minha Vida estão previstas 3 milhões de casas até 2018, mas o governo não pretende editar por ora uma medida provisória criando a nova etapa do programa e a própria presidente admitiu em discurso na Paraíba, na última sexta-feira (4), que precisará "suar a camisa para cumprir a meta".
"Negociaremos tudo com as partes envolvidas antes de mandar [a MP] para o Congresso", afirmou Kassab.
Dilma ainda precisava bater o martelo sobre o possível aumento das prestações dos imóveis, o valor das unidades e suas diferenças de preços entre as cinco regiões do país.
Após a reunião nesta quinta, no Palácio do Planalto, Kassab deve conceder uma entrevista a jornalistas para explicar os detalhes da nova fase do programa.