Volkswagen indicou que até o momento não se confirmou o possível impacto negativo em suas contas, avaliado inicialmente em dois bilhões de euros Foto: AFP
A Volkswagen afirmou nesta quarta-feira (9) que não existem provas de manipulação dos dados de emissão de CO2 de milhares de veículos, ao contrário do que a própria montadora havia anunciado há algumas semanas.
"Depois de realizar controles internos e medidas exaustivas ficou estabelecido que nem quase todos os modelos as emissões de CO2 correspondem aos valores indicados nas características técnicas", afirma a empresa em um comunicado.
"Não foi confirmada a suspeita de que foram alterados ilegalmente os números de consumo de combustível", completa a Volkswagen, que comercializa 12 marcas.
A empresa também indicou que até o momento não se confirmou o possível impacto negativo em suas contas, avaliado inicialmente em dois bilhões de euros.
A Volkswagen, que está envolvida em um escândalo mundial por ter manipulado 11 milhões de carros para adulterar os resultados dos testes de contaminação, anunciou no início de novembro o resultado de uma investigação interna, segundo a qual existiam milhares de veículos com emissões de CO2 inferiores ao indicado, algo que agora desmente.
A montadora afirmou na ocasião que o caso poderia afetar 800.000 veículos, incluindo automóveis a gasolina, e que poderia custar até dois bilhões de euros.
Após o anúncio, revelado em primeiro lugar pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, as ações da Volkswagen dispararam na Bolsa de Frankfurt.
O novo diretor do grupo, Matthias Müller, e Hans-Dieter Pötsche, presidente do conselho de supervisão, concederão uma entrevista coletiva na quinta-feira em Wolfsburg, onde fica a sede da empresa, para falar sobre o caso dos motores com software que adulterava resultados.