Meio Ambiente

Dilma defende caráter obrigatório para acordo da COP21

Thiago Vieira
Thiago Vieira
Publicado em 30/11/2015 às 11:10
Leitura:

Presidente discute o clima na conferência do clima. / Foto: AFP

Presidente discute o clima na conferência do clima. Foto: AFP

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira (30) em seu discurso na 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 21), em Paris, a adoção de um acordo global contra as mudanças climática que seja "legalmente vinculante", ou seja, que tenha caráter compulsório para os países signatários. Em sua declaração, Dilma classificou ainda incidente na bacia hidrográfica de Mariana como "o maior desastre ambiental da história do Brasil", culpando "empresas" que serão "punidas severamente".

O discurso da chefe de Estado brasileira foi feito ao mesmo tempo em que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, falaram em outras salas, o que dissipou sua audiência. 

"Estamos aqui em Paris para construir uma resposta conjunta que só será eficaz se for coletiva e justa", argumentou a presidente. "A melhor maneira de construir soluções comuns é a nossa união em torno de um acordo justo, universal e ambicioso que limite nesse século a elevação da temperatura média global a 2ºC."

AFP
Hollande recebe presidente equatoriano Rafael Delgado - AFP
AFP
Primeiro-ministro francês, Manuel Valls, recebe Chanceler alemã Angela Merkel - AFP
AFP
Manuel Valls cumprimenta primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu - AFP
AFP
Christina Figueres discursa na abertura da COP21 - AFP
AFP
Charles, príncipe de Gales faz seu discurso na abertura - AFP
AFP
Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras também chegou na conferência - AFP
AFP
Conferência respeitou um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos atentados de Paris - AFP
AFP
Presidente Dilma Rousseff foi recebida pela ministra da ecologia da França, Segolene Royal - AFP
AFP
Presidente americano Barack Obama foi recebido por François Hollande - AFP
AFP
Obama assegurou que não existe contradição entre crescimento econômico e proteção ambiental - AFP
AFP
Presidente egípcio Abdel Fattah discursou no dia de abertura da COP21 - AFP

Foi nesse momento que a brasileira defendeu que o acordo de Paris, que substituirá o Protocolo de Kyoto como grande marco legal da luta contra as mudanças climáticas, tenha caráter obrigatório. 

"Devemos construir um acordo que seja também, e fundamentalmente, legalmente vinculante", afirmou. "O nosso acordo não pode ser um simples resumo das melhores intenções de todos. Ele definirá caminhos e compromissos que devemos percorrer para juntos vencermos o desafio planetário do aquecimento global."

O discurso deixa nas entrelinhas a porta entreaberta para que o Brasil apoie a proposta de um acordo que tenha cláusulas obrigatórias, e outras sem esse caráter. Essa é a tendência indicada pela secretária-executiva da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), Christiana Figueres.

Mais lidas