Segundo a ONU, "as reduções das emissões de gases do efeito estufa deverão ser muito mais importantes" nos próximos anos para ficar sob esse limite Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
"Um esforço global sem precedentes está em andamento" e permite considerar que será possível manter o nível de 2°C, afirma um relatório publicado em Berlim, que analisa os objetivos de redução das emissões de gases do efeito estufa anunciados por 146 países em 1º de outubro (86% das emissões globais).
Segundo a ONU, "as reduções das emissões de gases do efeito estufa deverão ser muito mais importantes" nos próximos anos para ficar sob esse limite.
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"Este relatório mostra que as contribuições nacionais permitem mudar a situação e nos distanciar do pior, de um aquecimento de 4-5 ºC ou mais", comentou o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.
O ministro, que será o futuro presidente da COP21, lembra que, segundo os especialistas, os compromissos atuais "nos colocam em uma trajetória entre 2,7º e 3ºC".
Neste sentido, ecoando uma estimativa recente do grupo Carbon Action Tracker (CAT), as Nações Unidas estimam que os compromissos nacionais "têm a capacidade de limitar a 2,7°C o aumento da temperatura".
"Isso não é de forma alguma suficiente", porque ainda é sinônimo de grandes mudanças climáticas, "mas muito menos perigoso do que os 4 ou 5 graus ou mais de aquecimento projetados por muitos compromissos anteriores", afirma Christina Figueres, secretária-geral da Convenção do Clima da ONU, em comunicado.
"O caminho não pode ser negligenciado", considerou o pesquisador Jean Jouzel, ex-vice-presidente do Grupo Intergovernamental sobre a Evolução do Clima (IPCC).