Há quase dois meses, milhares de incêndios, causados por queimadas em áreas agrícolas, envolvem os países vizinhos numa densa nuvem de fumaça Foto: Manan Vatsyayana / AFP
Há quase dois meses, milhares de incêndios, causados por queimadas em áreas agrícolas, envolvem os países vizinhos numa densa nuvem de fumaça, causando doenças respiratórias e levando países como a Malásia a fechar escolas e cancelar voos.
Com base em dados da Global Fire Emissions Database, o World Resources Institute (WRI) mostrou, em relatório divulgado recentemente, que desde setembro as emissões de carbono provenientes dos incêndios tinham excedido a média diária dos Estados Unidos em 26 dos 44 dias.
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“A queima de áreas pantanosas de extração de turfa é significativa para as emissões de gases de efeito estufa porque essas áreas armazenam as maiores quantidades de carbono na Terra, acumuladas ao longo de anos”, explica o WRI, referindo-se à grande parte dos locais afetados pelas chamas.
“Drenar e queimar essas áreas para a expansão agrícola, como a conversão para produção de óleo de palma e celulose, resulta em enormes picos de emissões de gases de efeito estufa”, acrescenta o instituto.
A Malásia, que nas últimas semanas tem determinado o fechamento das escolas, voltou a fazê-lo hoje, devido ao terceiro dia consecutivo com níveis de poluição muito elevados.