Preferência

Cientistas confirmam que gatos são melhores que cachorros - do ponto de vista evolutivo, pelo menos

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 14/08/2015 às 22:13
Leitura:

Estudo suíço observou mais de dois mil fósseis / Foto: Gustavo Belarmino/NE10

Estudo suíço observou mais de dois mil fósseis Foto: Gustavo Belarmino/NE10

Amantes de animais, há mais uma possibilidade de argumentação quando o debate é preferência entre cachorro e gatos. Cientistas confirmaram, em um estudo publicado na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences”, que os felinos realmente são melhores do que os caninos - pelo menos do ponto de vista evolutivo.

Um estudo inovador de dois mil fósseis antigos revela que felídeos - a família do gato - têm sido historicamente muito melhores em sobreviver do que canídeos - família do cachorro - e muitas vezes às custas deste último.

A pesquisa constata que os gatos têm desempenhado um papel significativo em tornar 40 espécies de cães extintas, ganhando deles na competição por escassos suprimentos de comida, porque eles são geralmente os caçadores mais eficientes. Mas os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência de que cães dizimaram uma única espécie de gato.

A família de cão teve origem na América do Norte há cerca de 40 milhões de anos e atingiu um máximo de diversidade cerca de 20 milhões de anos depois, quando havia mais de 30 espécies no continente. Nesse momento, os felídeos chegaram da Ásia.

“A chegada de gatos na América do Norte teve um impacto mortal sobre a diversidade da família de cães. Nós geralmente esperamos que mudanças no clima desempenhem papel esmagador na evolução das espécies. Em vez disso, a concorrência entre as diferentes espécies de carnívoros provou ser ainda mais importante para os cães”, disse a principal autora do relatório, Daniele Silvestro, da Universidade de Lausanne, na Suíça.

De acordo com a pesquisa, não está claro exatamente o motivo de os gatos terem sido capazes de exterminar cães de modo abrangente, quando os tempos estavam difíceis. Mas a equipe de estudioso acredita que poderia ter algo a ver com as garras retráteis que os gatos antigos passaram para seus descendentes domesticados, mas que os cães não têm.

Mais lidas