A viagem da espaçonave até Marte durou sete meses e meio, mas ela só iniciou os experimentos científicos em novembro de 2006 Foto: Nasa
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"A longevidade da espaçonave fez possível estudar mudanças sazonais e de longo prazo por quatro anos marcianos. Esses estudos documentam atividades como a movimentação de dunas, crateras de impactos recentes, algumas expondo superfícies de gelo, e tiras misteriosas que escurecem e desaparecem com as estações e são explicadas como fluxos de água salgada", disse Rich Zurek, um dos cientistas do projeto.
E a MRO exerce papel central no planejamento de futuras missões à Marte. As imagens obtidas pela sonda revelam detalhes do tamanho de pequenas mesas, que estão ajudando a análise de potenciais locais de aterrissagem para a InSight, em 2016, e para o robô Mars 2020. Os dados também serão usados para selecionar os melhores locais para o envio dos primeiros humanos ao planeta, previsto para a década de 2030.
"A MRO encontrou evidências de diversos ambientes aquáticos no passado de Marte, alguns mais habitáveis que outros", disse Zurek. A MRO descobriu que a calota polar sul de Marte armazena dióxido de carbono suficiente para dobrar a atmosfera do planeta se for aquecido. Captou avalanches e tempestades de poeira em ação.
A primeira missão científica da MRO foi iniciada em novembro de 2006 e durou um ano marciano, o equivalente a aproximadamente dois anos terrestres. A sonda usou seis instrumentos para analisar a superfície, a subsuperfície e a atmosfera do planeta. A espaçonave orbita Marte a aproximadamente 300 quilômetros de altitude, e passa próxima aos polos Sul e Norte cerca de 12 vezes por dia.
Apesar de estar em funcionamento por tempo muito maior que o planejado, a Nasa ainda não pensa em aposentar a sonda. Além de dar continuidade às suas descobertas próprias, ela tem papel crucial nas missões na superfície, incluindo apoio à comunicação e observação detalhada de possíveis locais de exploração pelos rovers.
"Dez anos após o lançamento, a MRO continua em operação confiável e científica", disse Kevin Gilliland, engenheiro da missão na Lockheed Martin, empresa contratada para construir a espaçonave. — Nós mantivemos nossas operações de forma eficiente. Fomos capazes de trazer uma quantidade incrível de dados científicos, com mais de 250 terabytes até agora.