Meio Ambiente

Everest pode perder suas geleiras até o fim deste século, aponta pesquisa

Júlio Cirne
Júlio Cirne
Publicado em 03/06/2015 às 20:05
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Aumento da temperatura na Terra é o principal fato / Foto: Reprodução

Aumento da temperatura na Terra é o principal fato Foto: Reprodução

Um estudo publicado nesta quarta-feira (3) aponta que, até o fim deste século, o Monte Everest pode perder as suas geleiras. Localizado na cordilheira do Himalaia, fazendo fronteira com a República Popular da China (Tibete) e o Nepal, o Everest é o ponto mais alto da Terra.

O principal fator responsável por esse desaparecimento é a crescente alta das temperaturas no planeta.

A equipe de estudiosos responsáveis pela pesquisa constataram que a redução moderada na emissão dos gases do efeito estufa na atmosfera terrestre pode resultar em uma perda de cerca de 70% das geleiras na região que circunda o Everest. No atual cenário de emissão de gases estufa na atmosfera, essa perda seria de 99% do total das geleiras do pico.

As conclusões foram conseguidas através de um modelo computacional para o derretimento, acumulação e redistribuição da geleira. O modelo foi personalizado com dados sobre temperatura e precipitação, medidos no local e por meio de observações resultantes de sensores remotos com mais de 50 anos na bacia do rio Dudh Koshi.

Os resultados não são animadores. Mesmo que sejam feitas reduções da emissões de gases na metade deste século e as chuvas aumentem, o modelo aponta que a maioria das geleiras deve desaparecer do local até o ano de 2100.

Ainda não se sabe ao certo os danos ambientais causados por essa perda para o Everest. O que se sabe é que as geleiras da montanha agem de forma direta na economia local, funcionando como importante ponto de visitação turística. Além, é claro, do valor cultural da região e de suas tradicionais geleiras.

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