O estudo aponta que, embora herdemos quantidades iguais de mutações genéticas de nossos pais, utilizamos mais do DNA paterno Foto: reprodução
A pesquisa foi publicada no jornal Nature Genetics e tem implicações no estudo de doenças humanas. Em muitos modelos de pesquisa em ratos para o estudo de expressão genética, os cientistas não levam em consideração a procedência do pai ou da mãe, mas segundo os pesquisadores, analisar essas mutações pode ser eficaz no combate a doenças como diabetes, doenças cardíacas, obesidade, esquizofrenia e câncer.
“Sabemos que os mamíferos expressam mais a varição genética do pai. Imagine que uma determinada mutação seja ruim, se ela for herdada da mãe, pode não se expressar tanto quanto se expressaria caso herdada do pai. Assim, uma mutação ruim teria diferentes consequências em doenças, dependendo de quem foi herdada”,afirmou Pardo-Manuel de Villena, que coordena o grupo que desenvolveu a pesquisa.
Os pesquisadores testaram mutações genéticas em camundongos híbridos para ver quais delas alteravam a expressão do gene e em 80% dos casos houve um desequilíbrio em favor da figura paterna. De acordo com os cientistas, a diversidade do genoma dos ratos utilizados é comparável à do genoma humano, o que pode indicar que as mesmas conclusões sobre as mutações podem se aplicar aos homens.