Operação da PF

Operação Águas Claras da PF prende cinco por desvios na CBDA

Lucas Vaz Lemos
Lucas Vaz Lemos
Publicado em 06/04/2017 às 9:03
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Operação iniciou-se após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro. / Foto: Agência Brasil

Operação iniciou-se após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro. Foto: Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (6), a operação Águas Claras. A ação tem como objetivo apurar um esquema de desvio de recursos públicos repassados à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos – CBDA, envolvendo dirigentes do órgão e empresários. Foram expedidos 25 mandados de busca e apreensão, cinco pessoas foram presas, dentre elas Coaracy Nunes Filho, presidente da instituição, e quatro foram conduzidas coercitivamente a unidades da PF em São Paulo e no Rio de Janeiro. Todas as medidas foram expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

O trabalho é fruto da parceria entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com a participação da Controladoria-geral da União, e iniciou-se após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro.

As investigações apuram o destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBDA. Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte sem a devida aplicação - conforme previsto em lei e nos contratos assinados. Segundo o inquérito policial, em vez dos valores recebidos serem aplicados corretamente (em incentivos aos esportes aquáticos e na viabilização de práticas esportivas aquáticas), os recursos eram mal geridos ou desviados para proveito pessoal dos investigados.

Apesar de se tratar de entidade privada, uma confederação desportiva recebe recursos públicos federais por meio de convênios com o Ministério do Esporte, de recursos provenientes da Lei de Incentivo ao Esporte, da Lei Agnelo Piva. No caso investigado, a entidade também recebe patrocínio dos Correios – que também é uma empresa pública. Assim, a CBDA está submetida à Lei de Licitações e seus agentes são considerados funcionários públicos para efeitos penais, conforme o Código Penal.

Os investigados responderão, de acordo com suas participações, pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude a Lei de Licitações, sem prejuízo de outros crimes eventualmente apurados no decorrer da instrução criminal.

Com informações da Agência de Notícias da Polícia Federal

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