Servidores do sistema penitenciário do Rio de Janeiro trabalham em regime de operação padrão Foto: Agência Brasil
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Com apenas uma catraca de controle de acesso de visitantes em operação, cerca de 3 mil pessoas se aglomeraram ontem no entorno complexo, mas apenas 283 conseguiram entrar até o meio-dia, horário estabelecido como limite para o ingresso de visitantes. Por causa da operação padrão, batizada de Operação Dentro da Lei, 160 funcionários terceirizados foram obrigados a submeter-se à revista no scanner, o que não acontece usualmente.
"Na Operação Dentro da Lei seguimos estritamente as normas regulamentares, porque, se cumprirmos (ao pé da letra) tudo o que determinam as normas que regem a atividade penitenciária no Estado do Rio de Janeiro, torna-se inviável o trabalho dos inspetores penitenciários, devido à falta de estrutura, equipamentos e condições de trabalho dos servidores", informou o sindicato, em nota.
Desembargador fala sobre sistema carcerário
Ao determinar a suspensão da greve dos agentes penitenciários do Rio, o desembargador Luiz Fernando Ribeiro mencionou o atual cenário do sistema carcerário brasileiro, marcado por motins em presídios, e ressaltou o direito dos prisioneiros de receber visitas, o que estaria sendo afetado pela greve dos servidores. O presidente do SSSP-RJ, Gutembergue de Oliveira, em comunicado, classificou a decisão do desembargador como política e afirmou que "abusivo é o governo estadual, que atrasa salários e não atua contra a superlotação carcerária".
Procurada, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-RJ) afirmou que a operação padrão é uma manifestação de funcionários "que estavam sem receber salários, como tantos outros de outras classes profissionais do governo do Estado".