Discriminação racial

Professora chama aluno negro de "macaco" durante discussão no Rio

Rafael Paranhos da Silva
Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 21/09/2016 às 20:39
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Segundo mãe do estudante, o filho teria perguntado o motivo pelo qual a professora estava gritado / Foto: Reprodução

Segundo mãe do estudante, o filho teria perguntado o motivo pelo qual a professora estava gritado Foto: Reprodução

Um estudante negro de 14 anos foi vítima de racismo na escola onde estuda no Rio de Janeiro. A professora de um colégio estadual chamou o aluno de "macaco", na última segunda-feira (19), durante uma discussão em sala de aula. Segundo o jornal Extra, a docente, identificada como Nádia Restum, só foi afastada nesta quarta (21). A mãe Ana Silva registrou queixa na delegacia por injúria racial.

Antes disso, Ana Silva chamou a Polícia Militar após receber o vídeo da discussão, gravado por outros alunos. "O meu filho estava em sala com a turma. Antes de a professora chegar, ele e colegas juntaram mesas para jogar pingue-pongue. Os alunos dizem que ela chegou gritando com todos", relata a mãe.

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Segundo Ana Silva, o filho teria perguntado o motivo pelo qual a professora estava gritado. "Então ela disse que ele não era ninguém para questioná-la. Ela disparou: “antes de olhar para mim, olhe para o seu rabo, macaco”.

A mãe ainda relatou que Nádia negou o episódio de agressão verbal, pedindo desculpas. "Disse que estava nervosa. Eu não desculpo. Fazer isso com um adolescente não tem desculpa. Ela ainda disse que mataria meu filho. Que professora é essa?", desabafou a mãe do estudante.

A professora Nádia foi procurada pela reportagem do jornal Extra, no entanto os parentes disseram que não a conhecia. Outras ligações também foram desligadas assim que o motivo era explicado.

A professora não foi detida, mas Ana foi orientada a registra o caso na delegacia. De acordo com a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, a profissinal foi afastada da escola, advertindo que não compactua com qualquer forma de discriminação. No mesmo dia, a mãe e a professora conversaram na sala da direção da instituição de ensino.

A Polícia Civil informou, por meio de nota, que o procedimento foi instaurado para apurar crime de injúria por preconceito.

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