Homologado pela Justiça, o acordo prevê investimentos de R$20 bilhões ao longo de 15 anos Foto: Arquivo/ Agência Brasil
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Homologado pela Justiça, o acordo prevê investimentos de R$20 bilhões ao longo de 15 anos e tem como objetivo reparar os danos causados pelo rompimento de uma barragem da Samarco no distrito de Bento Rodrigues, em novembro do ano passado. Maior tragédia ambiental do Brasil, o episódio causou 19 mortes, deixou diversos desalojados, provocou destruição de vegetação nativa e levou poluição à Bacia do Rio Doce.
O intuito da cláusula que prevê o uso de mão de obra local pela mineradora é gerar emprego e renda e contribuir para melhorar o cenário econômico das cidades atingidas. Um dos principais problemas enfrentados atualmente por Mariana é o aumento do desemprego. Segundo a prefeitura, a Samarco contratou uma empresa de outra cidade para dar início às obras de recuperação dos prejuízos. Além de pedir uma reunião com a empresa, o município pretende acionar o Comitê Interfederativo criado para supervisionar o cumprimento do acordo, formado por representantes do Poder Público.
ESPECIALIZAÇÃO - Em nota, a Samarco disse que mais de 90% dos trabalhadores contratados em Minas Gerais para as obras de reparação dos danos da tragédia de Mariana são de origem local. Segundo a mineradora, no caso do distrito de Cláudio Manoel, a maioria dos contratados são moradores de Mariana e das vizinhas Barra Longa (MG) e Ouro Preto (MG). A exceção seriam trabalhadores especializados, cuja mão de obra local foi insuficiente para atender às necessidades específicas das obras.