A CNBB classifica esta iniciativa como "total desrespeito ao dom da vida" Foto: Reproduçao
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Na nota, a CNBB destaca que "merece atenção especial o vírus zika por sua provável ligação com a microcefalia", mas ressalva que essa relação "não foi provada cientificamente". Em seguida, ressalta que "o estado de alerta, contudo, não deve nos levar ao pânico, como se estivéssemos diante de uma situação invencível, apesar de sua extrema gravidade". Insiste também que, "tampouco justifica defender o aborto para os casos de microcefalia como, lamentavelmente, propõem determinados grupos que se organizam para levar a questão ao STF".
A CNBB, em sua nota, também fez uma dura crítica ao governo ao falar da "vergonhosa realidade do saneamento básico no Brasil". O saneamento será o tema da campanha da fraternidade a ser lançada na quarta-feira de cinzas. Segundo a instituição, "sem uma eficaz política nacional de saneamento básico, fica comprometido todo esforço de combate ao Aedes aegypti".
Em rápida entrevista no Planalto, após audiência com a presidente Dilma, Dom Sérgio afirmou que a CNBB está mobilizando toda a comunidade católica para o combate ao mosquito Aedes aegypti. "Temos iniciativas comunitárias e temos a iniciativa do poder público. E esperamos que o poder público faça sua parte para que, de fato, seja superada esta emergência", declarou ele, acrescentando que a Igreja tem consciência da "gravidade do momento" e que pode contribuir muito na mobilização das pessoas. Dom Sérgio colocou a Igreja à disposição para a distribuição do material preparado pelo governo para explicar a população sobre a necessidade de combater os criadouros de mosquito, mas aguarda o envio do material pelo governo.