O médico brasileiro atendia regularmente em uma unidade de pronto atendimento de Uberaba, local onde foi encontrado e encaminhado à Delegacia da Polícia Federal na cidade mineira, onde encontra-se preso. Foto: AFP
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A partir dos financiamentos obtidos, o australiano e a filipina produziam os vídeos e fotos onde crianças eram abusadas e violentadas sexualmente. Em contrapartida, os financiadores recebiam o material produzido. O médico brasileiro é também acusado de ter ensinado os criminosos a obter remédios para dopar as vítimas antes do abuso.
Um dos vídeos produzidos, considerado pelos investigadores “um dos registros mais degradantes de pornografia infantil em todo o mundo”, envolve uma criança de 18 meses, que foi torturada e violentada sexualmente. Há vários registros com diversas crianças filipinas. Uma delas foi morta e enterrada sob a cozinha da casa onde os abusos ocorriam.
O compartilhamento do material era feito na chamada deep web ou dark web, uma parte da internet que só pode ser acessada com a utilização de softwares específicos que permitem a navegação de forma pretensamente anônima.
O médico brasileiro atendia regularmente em uma unidade de pronto atendimento de Uberaba, local onde foi encontrado e encaminhado à Delegacia da Polícia Federal na cidade mineira, onde encontra-se preso. Segundo a PF, ele responderá por armazenamento e publicação de pornografia infantil, bem como pelo financiamento de organização criminosa internacional – crimes que podem resultar em penas de até 20 anos de prisão.