A opção por uma multa rígida foi determinação da presidente Dilma Rousseff e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Foto: AFP
- Barragem se rompe e atinge casas no distrito de Mariana, em Minas Gerais
- Após rompimento de barragem, ginásio de Mariana recebe doações para desabrigados
- Sete dias após tragédia de Mariana, Dilma sobrevoa regiões afetadas
Executivos da Vale e da BHP -donos da empresa responsável pelas minas foco da tragédia- falaram publicamente pela primeira vez nesta quarta-feira (11). Os presidentes da Vale, Murilo Fereira, e da BHP, Andrew Mackenzie, anunciaram a criação de um fundo de assistência às vítimas e ao meio ambiente. Na quinta-feira (5) da semana passada, duas barragens se romperam em Bento Rodrigues e destruíram o subdistrito de Mariana. O mar de lama que saiu do local desembocou em rios e já afeta outras cidades mineiras e até do Espírito Santo.
Nesta quarta-feira (11), quando onda de lama já chegava a Colatina (ES), o governo federal declarou estado de emergência na região. Nesta quinta-feira (12), o governo do Espírito Santo pediu a ajuda do Exército e do Ministério da Integração para enfrentar os problemas provocados pela onda de lama e rejeitos de mineração que se desloca pelo rio Doce e deve atingir no próximo sábado (14) os municípios de Baixo Guandu, Colatina e Linhares.
As três cidades capixabas têm, juntas, cerca de 280 mil habitantes e a maior parte dessa população deve ter o abastecimento de água suspenso por conta da alta concentração de lama no rio Doce. O pedido foi feito um dia antes da visita agendada pela presidente Dilma, que deve percorrer hoje as regiões afetadas.
O secretário de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, João Coser, informou que o pedido foi feito pessoalmente pelo governador Paulo Hartung (PMDB), em conversa com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi.