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Ação protesta contra Estatuto da Família: #emdefesadetodasasfamílias

Mariana
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Publicado em 24/02/2015 às 15:21 | Atualizado em 13/08/2020 às 12:31
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A campanha pede que usuários usem a hashtag #EmDefesaDeTodasAsFamílias, com fotos ou histórias sobre os mais variados tipos de família / Foto: reprodução Twitter/@pcgomes

A campanha pede que usuários usem a hashtag #EmDefesaDeTodasAsFamílias, com fotos ou histórias sobre os mais variados tipos de família Foto: reprodução Twitter/@pcgomes

Usuários brasileiros realizam nesta terça (24) uma manifestação online no Twitter e Facebook contra o desarquivamento do Estatuto da Família (projeto de Lei 6.583/2013), que quer proibir a adoção de crianças por casais homossexuais. A campanha foi organizada pela Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD) e o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).

A campanha pede que usuários usem a hashtag #EmDefesaDeTodasAsFamílias, com fotos ou histórias sobre os mais variados tipos de família. O texto do Estatuto, de autoria do deputado Anderson Ferreira (PR-PE), define a "entidade familiar como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes".

O projeto foi desarquivado pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conhecido por sua militância contra direitos civis aos homossexuais. "É um projeto travestido de defesa da família, mas é claramente contra os direitos homoafetivos. O Estado não pode definir quem a gente pode ou não amar", disse a advogada Patricia Gorisch, presidente da Comissão Nacional de Direito Homoafetivo do IBDFAM, citado pelo OGlobo.

O tal estatuto da família não dialoga com o Censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O último censo de 2010 listou 19 graus de parentesco para dar conta das mudanças na sociedade.

Em 2010, um estudo realizados nos EUA pelos sociólogos Tim Biblarz e Judith Stacey se tornaram referência no assunto ao avaliar quase todos os estudos sobre pais gays. Eles não identificaram nenhuma diferença entre crianças criadas em casas com pais heterossexuais e em casas com mães lésbicas. "Não há dúvida de que crianças com mães lésbicas vão crescer e ser ajustadas socialmente e obter sucesso como as crianças com pai e mãe”, afirmou Stacey.

» Veja algumas tuitadas da campanha #EmDefesaDeTodasAsFamílias

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