Expectativa dos homens subiu 11,7 anos, de 59,6 para 71,3 anos Foto: Chico Porto/JC Imagem
Em Pernambuco, a expectativa de vida dos homens era de 53,5 anos em 1980, e a das mulheres, 59,9. Em 2013, a dos homens era 68,5, e a das mulheres, 76,7. O aumento foi de 15,0 para eles e 16,8 para elas.
O estado com maior esperança de vida ao nascer foi Santa Catarina, com 78,1 anos. Já o menor foi o Maranhão, com 69,7 anos.
Segundo o pesquisador do IBGE Fernando Albuquerque, o aumento da longevidade do brasileiro pode ser explicada principalmente pelas reduções da mortalidade infantil e das mortes dos idosos com mais de 70 anos. Essas duas faixas etárias foram as que apresentaram mais ganhos nesses 33 anos.
A probabilidade de um bebê morrer antes de completar um ano de vida caiu de 69,1 por mil em 1980 para 15 por mil em 2013. A melhoria do indicador pode ser explicada por avanços no saneamento básico, aumento da cobertura vacinal, programas de atenção pré-natal e de aleitamento materno e iniciativas governamentais como o Programa Bolsa Família (de transferência de renda), segundo o IBGE.
A probabilidade de uma pessoa com 70 anos morrer nessa idade caiu de 47,5 por mil para 25,2 por mil. A explicação está nos avanços médicos e tecnológicos e em ações voltadas para os idosos, como a aposentadoria rural.
“A população está vivendo mais e envelhecendo de forma mais saudável. Agora, em relação à previdência social, o impacto não é muito bom porque a expectativa de vida aumentando influencia no cálculo do fator previdenciário”, afirma Albuquerque.
Por outro lado, a faixa etária dos 15 aos 19 anos foi a que teve menos redução da mortalidade nesses 33 anos. Nos homens de 17 e 18 anos, a taxa é exatamente a mesma de 1980. “Nesse grupo, a mortalidade não se alterou exclusivamente em função dos óbitos por causas violentas, principalmente os acidentes de trânsito e os homicídios”, disse.