Segurança deve ser pensada pelo cliente antes mesmo de se dirigir a um caixa eletrônico ou a uma agência bancária Foto: Isabelle Figueirôa/NE10
A grande quantidade de dinheiro envolvida nos bancos e arredores faz com que as agências bancárias sejam alvos visados por quadrilhas. Algumas dicas de segurança podem evitar que o cliente acabe sendo vítima ou reaja de forma que ofereça risco à vida dele. Confira abaixo:
A segurança deve ser pensada desde antes de a pessoa ir ao banco ou caixa eletrônico de acordo com o porta-voz da Polícia Militar de Pernambuco, major Júlio Aragão. "A pessoa deve evitar comentar que vai fazer um saque, principalmente se for de alto valor; essa é uma informação de alta confiança. A pessoa pode acabar sendo vítima de uma abordagem violenta [por ter contado a alguém] e não saber de onde veio", afirma.
Outra dica é em relação às transações feitas por empresas, que devem preferir cheque administrativo ou contas para depositar o salário dos funcionários. "Uma rotina com grandes montantes atrai a atenção de criminosos", diz.
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A presença de carros fortes para abastecer uma agência ou casa lotérica deve acender o alerta no cidadão. "O bandido quer dinheiro, e o carro forte é um ponto 'quente'; então, se deve redobrar a vigilância, observar as pessoas que se aproximam e manter a distância. Quando puder adiar o que vai fazer, adie", ensina o major Aragão. Em caso de troca de tiros, a estratégia é procurar um local para se abrigar, como superfícies duras ou estabelecimentos.
Dentro da agência bancária, não se deve pedir ou aceitar a ajuda de estranhos; em caso de dúvida, o usuário deve procurar um funcionário do banco. Jamais devem ser passados dados bancários.
A prática de golpes por bandidos, como o uso do "chupa-cabra" - que trava o cartão na máquina de autoatendimento e copia informações - deve ser observada. "Não se deve entregar o cartão a ninguém para evitar uma troca sem que a pessoa perceba. O indicado é acionar um funcionário ou, caso não tenha o contato físico, ligar para o banco, mas não tirar a vista do cartão", afirma.
Os caixas eletrônicos devem ser escolhidos pelo local em que ficam. É importante preferir supermercados de grande circulação, postos de gasolina ou shoppings. As operações devem ser rápidas e deve-se evitar horas tarde da noite. "Idosos, mulheres ou homens que vão fazer saque em dinheiro alto estão em maior risco", detalha o major Júlio Aragão.
Na "saidinha de banco", também comum entre os criminosos, um assaltante seleciona a vítima ainda dentro da agência. Quando a pessoa sai, é abordada, às vezes por motoqueiros, que cometem o crime.
Em assaltos, a orientação da polícia é de que a pessoa não tente proteger o patrimônio. Nos casos de assalto a banco, quando a vítima é coletiva, não se deve fazer movimentos bruscos que possam representar uma ameaça aos bandidos. Tentar esconder objetos pode parecer para o criminoso que a pessoa vai sacar uma arma, segundo o major. "Deve-se fazer de estátua; não tentar negociar, não encarar o bandido, seguir as ordens requisitadas e prestar atenção à cor da pele, à presença de tatuagens, para depois informar à polícia. Jamais reagir e evitar correr", completa.