Caso Maristela Just

Emocionada, família Just agradece ao autor da ligação ao Disque-Denúncia

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Publicado em 30/10/2012 às 16:20
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Depois de conviver mais de vinte anos com a impunidade, a família de Maristela Just, assassinada pelo ex-marido em 1989, comemora desde a tarde da última segunda-feira (29) a prisão de José Ramos Lopes Neto. Em uma reunião com a imprensa na manhã desta terça-feira (30), pais, irmãs e amigos da vítima informaram que já repassaram o valor de R$ 7 mil ao Dique-Denúncia, que deve bonificar o anônimo que colaborou com as investigações. Eles também elogiaram a ação da polícia.

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'Agradeço a esse anjo de luz, que eu não vou conhecer nunca, até o final da minha vida', disse emocionada uma das irmãs de Maristela, Marcela Just, referindo-se ao autor da ligação ao Disque-Denúncia que ajudou a encontrar José Ramos. O colaborador deve receber um valor total de R$ 10 mil, sendo R$ 3 mil do Governo do Estado, já que o assassino era um dos foragidos mais procurados de Pernambuco.

O cunhado de Maristela, Antônio Carlos Mariz, falou sobre a revolta da família com a impunidade do caso. 'Nathália (filha da vítima) se perguntava como era tão difícil de achá-lo se sabiam onde a mulher dele mora. Agora nós entendemos que é um trabalho que envolve inteligência', comemorou Antônio. Desde o julgamento, em 2010, que o acusado não aparecia no Recife. Ele voltou para a capital pernambucana em setembro e, desde então, estava na residência da atual esposa.

Muito emocionada, a mãe de Maristela, Dirce Just, disse que recebeu a notícia da prisão com muita surpresa e desde a tarde da segunda (29) relembra o dia em que a filha foi morta. Assista ao vídeo.

Apesar da satisfação com a prisão de José Ramos, a família não pensa em vingança. 'Nunca falamos disso porque tínhamos dois inocentes para criar', assegurou Marcela referindo-se aos filhos do casal, Nathália e Zaldo Neto, que tinham respectivamente 4 e 2 anos na época do crime. Como eles também foram atingidos por José Ramos, Nathália no ombro e Zaldo na cabeça, toda a família se envolveu nos tratamentos com fisioterapia e psicólogos desde a época do crime.

Além da satisfação pessoal, os familiares lembraram que o desfecho é um exemplo importante no combate a violência contra a mulher. A visibilidade do caso, fez com que um dos Centros de Referência de protenção à mulher de Pernmabuco levasse o nome de Maristela Just.

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