O bebê da gestante diabética


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O bebê da gestante diabética

Ne10
Publicado em 04/09/2002 às 12:23

FALA, DOUTOR
O bebê da gestante diabética na atualidade



A diabetes é uma das mais freqüentes doenças endócrinas na população, em qualquer idade, e estima-se que 1% a 3% das gestantes terão algum tipo de diabetes. Ela se traduz pelo aumento da glicose no sangue, que na gestação passa para o feto através da placenta, podendo ocasionar alterações no crescimento e no desenvolvimento do bebê, com repercussões desde a vida intra-uterina até o resto da sua vida.

Há ainda uma particularidade da Diabetes na gestação, é a chamada Diabetes gestacional, uma intolerância a glicose, transitória, que em geral cessa após este período, podendo ou não desenvolver diabetes no futuro. Os fatores de risco para a diabetes gestacional são entre outros: idade superior a 25 anos, obesidade ou ganho excessivo de peso na gestação, histórias obstétricas de natimorto ou macrossomia polidramínio, síndromes hipertensivas e história familiar de diabetes em parentes de 1° grau.

Graças à descoberta da insulina, do desenvolvimento tecnológico que favoreceu o melhor conhecimento do metabolismo da glicose, do bem estar fetal, do diagnóstico mais preciso entre outros, bem como do acompanhamento desta gestante por uma equipe multidisciplinar, na atualidade a possibilidade de complicações maternas e fetais vem diminuindo, podendo alcançar níveis próximos de gravidez de mães não diabéticas em gestantes diabéticas bem controladas.

Para que ocorra o controle efetivo da diabetes na gestação é necessário que as mulheres diabéticas planejem sua gravidez. É importante que o controle dos níveis de glicose ocorra mesmo antes da concepção, evitando assim problemas com seus bebês. Após engravidar, estas gestantes precisam ter um controle adequado de sua glicemia e do bem estar fetal, como também, dentro do possível, alcançar o término da gestação evitando complicações como a própria prematuridade.

A diabetes na gestação, na atualidade, consolida a visão da importância do trabalho da equipe multidisciplinar e da interação obstetrícia e neonatologia na busca de melhor qualidade assistencial ao binômio mãe/filho.

 

 

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