crime sexual

Dermatologista é preso na Bahia acusado de molestar 12 pacientes

NE10
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Publicado em 05/12/2013 às 11:11
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Está recolhido no Presídio Regional de Eunápolis, a 671 km de Salvador, o dermatologista e alergologista Wesley Ferraz de Carvalho, de 56 anos, acusado de abusar sexualmente de 12 pacientes mulheres em consultórios particulares e unidades municipais de saúde do sul da Bahia.

O acusado clinicava há 15 anos em Porto Seguro, Eunápolis e Teixeira de Freitas. Segundo a delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Porto Seguro (DEAM), Viviane Scofield, o médico costumava apalpar a genitália e os seios das mulheres que se dirigiam aos consultórios apenas para tratamento dermatológico. 

"Sem utilizar luvas e jaleco, o médico só prestava atendimento depois de trancar a porta do consultório, e sob o pretexto de realizar exames mais detalhados, abusava sexualmente das pacientes, tocando suas partes íntimas", detalhou Scofield.

A delegada também revelou que uma das vítimas mais recentes foi uma adolescente de 13 anos, levada pela mãe ao consultório particular que ele atendia em Porto Seguro para tratar uma lesão no braço. Durante a consulta, o médico baixou repentinamente a blusa da paciente e passou a apertar-lhe os seios. A mãe e a garota saíram indignadas da clínica e denunciaram o caso a polícia.

Investigado há dois meses, o médico teve a prisão preventiva decretada pela Justiça dois dias antes de ser capturado, na sexta-feira passada. No entanto, a Polícia Civil só divulgou a prisão do dermatologista nesta semana. O dermatologista responderá pelos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.

DISFARCE - A delegada Viviane Scofield se passou por paciente do médico, agendando uma consulta na clínica em Eunápolis para cumprir o mandado de prisão preventiva. Os policiais também cumpriram cinco mandados de busca e apreensão na residência do dermatologista e em clínicas e unidades de saúde onde ele atendia.

Centenas de fichas de pacientes foram apreendidas nesses endereços. "Manteremos contato com essas mulheres para averiguar se foram molestas durante as consultas e orientá-las a denunciar o médico à polícia", adiantou a delegada.

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