Uber chegou ao Recife no último dia 3 Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas
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O delegado abrirá o inquérito através de portaria. "Vislumbro que houve crimes de ameaça, dano e talvez injúria", adiantou. "Como era esperado, já que ocorreu em várias capitais, está havendo uma resistência dos taxistas em relação ao serviço."
A versão do Sindicato dos Taxistas é diferente. Segundo o presidente da entidade, Everaldo Menezes, o táxi estava parado em frente ao restaurante aguardando um passageiro. "De repente encostou um carro do Uber e pegou as passageiras. O taxista se adiantou e trancou o carro por trás. O motorista do Uber deu ré e bateu no táxi", relatou. De acordo com Menezes, os outros taxistas são de um ponto próximo ao local e se aproximaram para verificar como havia acontecido o acidente. O sindicato prometeu dar assistência jurídica aos envolvidos.
Contra o polêmico serviço que chegou ao Recife no último dia 3, a entidade cobra dos órgãos municipais fiscalização sobre o uso do aplicativo. "Temos uma reunião na Assembleia Legislativa no dia 29 e, por enquanto, estamos esperando dos órgãos públicos a proibição efetiva. Já existe a lei para isso. Não estamos programando protestos", disse Menezes.
LEGISLAÇÃO - Em outubro do ano passado, foi sancionada uma lei municipal que restringe o uso de aplicativos de táxi e proíbe a atuação de motoristas e veículos que não atendam à lei federal 12.468/2011, que regulamenta a profissão de taxista.
É a mesma legislação usada pela Uber como defesa da atividade da empresa, pois só serviria para taxistas e não se aplicaria aos parceiros da empresa. As divergências de interpretações da lei dão espaço para que a empresa atue no Recife – onde, inclusive, tem CNPJ e paga Imposto Sobre Serviço (ISS), tributo que aplicativos como EasyTaxi e 99Taxis não recolhem aqui.